O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira (28) com alta de quase 1%, o que colocou o moeda brasileira entre os piores desempenhos no ranking das 33 moedas mais líquidas monitoradas pela Valor. O intercâmbio local operou sob pressão praticamente o dia todo, dada a força global do dólar, tanto em comparação com moedas de economias desenvolvidas como emergentes. Além disso, as incertezas quanto à conduta do Política monetária brasileira e outros factores internos pesaram sobre a taxa de câmbio.
No final das contas, a moeda americana acelerou a sua valorização face ao realum movimento que coincidiu com o anúncio da indicação de Gabriel Galípolo como será o próximo presidente de Banco Central. No entanto, Participantes do mercado entrevistados sob condição de anonimato não atribuem ao anúncio a piora do câmbio, pois já era amplamente esperado pelos agentes.
No final da sessão, o dólar à vista subiu 0,99%, a R$ 5,5564após tocar na máxima intradiária de R$ 5,5644 e na mínima de R$ 5,5128. Já o euro o comercial subiu 0,34%, para R$ 6,1749.
Lá fora, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis pares de moedas, subia 0,56%, aos 101,11 pontos, por volta das 17h10. A moeda americana ainda apresentava forte avanço de 1,03% frente ao peso colombiano e subia 0,62% em relação ao peso chileno. Frente ao peso mexicano, caiu 0,73%, recuperando parte da alta de cerca de 2% da véspera.
Segundo estrategistas dos bancos BBVA e ING, o ambiente global de dólar forte nesta quarta-feira se deve à retirada de parte das posições vendidas (que apostam na queda da moeda) em dólares no mercado, compostas principalmente após o presidente do Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, abriu caminho para um corte nas taxas de juros em setembro nos Estados Unidos, durante seu discurso em Jackson Hole na última sexta-feira.
“Embora a orientação explícita de Powell para um corte nas taxas tenha alguma importância, os investidores já tinham avaliado totalmente a flexibilização muito antes de Jackson Hole e a reacção negativa do dólar ao discurso parecia um pouco exagerada desde o início”, diz Francesco Pesole, estrategista cambial do ING. Para ele, a flexibilização monetária levará à queda do dólar globalmente, mas o curto prazo ainda aponta para uma recuperação da moeda americana dadas condições técnicas favoráveis e um diferencial de taxas de juros, que está, por enquanto, equilibrado.
Perto do final da sessão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a nomeação do diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, para a presidência da autoridade a partir de 2025. Pouco depois, o dólar acelerou o ritmo de sua alta frente a 2025. o real, mas os participantes do mercado entrevistados sob condição de anonimato não atribuem a piora do câmbio ao anúncio, pois já era amplamente esperado pelos agentes.
Uma das fontes avalia que o que pode ter causado desconforto é a indefinição em relação aos demais nomes que comporão o restante do Copom, principalmente o nome que substituirá Galipolo na diretoria de política monetária. Anteriormente, Haddad havia prometido um anúncio conjunto do presidente e dos demais membros do colegiado, e a incerteza em relação aos demais nomes pode ter contribuído para o aumento do prêmio de risco ao final da sessão.
Para o chefe da mesa de câmbio da tesouraria de um banco local, vários pequenos fatores se somam e explicam o estresse do real no final do dia. “Incerteza sobre os próximos passos do BC; seca e risco de mudanças de bandeira [da energia elétrica]; [ampliação do] vale gás; decreto sobre gás natural; e o peso mexicano sofrendo com a reforma judicial no México, que contamina o mercado local”, citou o profissional.
Quanto ao futuro da política monetária, permanece aberto o debate sobre a elevação ou não da taxa Selic na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom). Durante participação em evento do Santander, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não descartou a possibilidade de aumento dos juros, já que a atividade econômica e o mercado de trabalho no Brasil têm sido mais fortes do que o esperado, além de uma inflação que “não dá conforto” ao Copom.
Hoje, o Caged de julho apresentou vagas de vagas com carteira assinada acima da mediana das projeções coletadas pelo Data Valorem mais uma demonstração da força do mercado de trabalho brasileiro.
Segundo dois profissionais do mercado que também falaram sob condição de anonimato, é possível que as declarações de Campos Neto tenham sido interpretadas de forma mais dura do que uma parcela do mercado esperava. Mesmo assim, os comentários não foram suficientes para dar qualquer sustentação ao real ao longo da sessão.
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