Ó dólar O comercial registrou seu menor preço de fechamento desde a última quinta-feira (27), após encerrar a sessão desta quarta-feira (3) com forte queda. A moeda americana sofreu uma correção global que favoreceu as moedas dos países emergentes, movimento que continuou após os indicadores económicos sinalizarem um enfraquecimento do mercado de trabalho e do setor de serviços nos Estados Unidos.
A desvalorização do dólar ganhou ainda mais força após o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministro das Finanças, Fernando Haddad, sinaliza para a contenção das despesas governamentais. As declarações ocorreram horas antes da reunião entre Lula e a equipe econômica que discutirá propostas de limitação de gastos.
O dólar à vista fechou o pregão em queda de 1,71%, a R$ 5,5683, após tocar no mínimo de R$ 5,5404 e no máximo de R$ 5,6674. O euro comercial caiu 1,36%, a R$ 6,0050, após operar brevemente abaixo da cotação de R$ 6. Nos restantes mercados emergentes, por volta das 17h15, o dólar registava uma desvalorização de 1,03%, os 18.410 rands sul-africanos; de 0,48%, para 18.177 pesos mexicanos; e 0,58%, para 941,27 pesos chilenos.
O dólar perdeu força frente ao real ao final do pregão de ontem, no que os traders entenderam como um possível movimento de esgotamento da valorização da moeda americana, após ter atingido o patamar de R$ 5,70. Hoje, foi finalmente confirmada a tão esperada correção da recente valorização do dólar. O primeiro gatilho veio do exterior, com dados mais fracos da economia americana. Mas foi a sinalização do governo para buscar resoluções para a questão fiscal que garantiu a amplitude do movimento e fez com que o real se destacasse dos seus pares e apresentasse o melhor desempenho da atualidade.
O peso da sinalização do governo ficou evidente no início da tarde, quando o dólar despencou e começou a cair 2,20%, após Lula dizer que “responsabilidade fiscal não é uma palavra, mas um compromisso do governo desde 2003”, enquanto Haddad afirmou que o câmbio a taxa acomodará e que “a diretoria do BC tem autonomia para agir quando achar conveniente”.
“É o compromisso fiscal que pesou, embora toda essa melhora não tenha vindo só disso porque o cenário externo era muito favorável”, afirma Daniel Tatsumi, gerente cambial da Ace Capital. “Eu penso isso [as falas de Lula e Haddad] Foram uma resposta aos movimentos do mercado, ainda que tenha demorado para que essa reação ocorresse”, acrescenta.
Para o gestor da Ace, a recuperação de hoje mostra que não houve um ataque especulativo ao mercado cambial, mas sim desespero pela falta de sinais corretos. “O mercado costuma dar o benefício da dúvida [a um novo governo]. Foi isso que vimos com o quadro fiscal do ano passado. Os mercados melhoraram bem”, diz ele. “O problema é quando você dá esse benefício da dúvida, mas suas expectativas são quebradas. Aí você começa a querer ver algo mais concreto porque sabe que já ficou frustrado uma vez. Quando você perde a confiança, custa mais.”
Tatsumi conta que o que aconteceu nos últimos dias foi um certo desespero, que levou à busca por proteção. “Nós mesmos estávamos posicionados no real e tivemos que desfazer essa posição por conta da piora”, afirma. “Mas a coisa real tem uma excelente história por trás dela. Temos um país com 350 mil milhões de dólares em reservas; com altas taxas de juros reais; a nossa balança comercial é positiva; temos energia limpa; Ainda temos uma pirâmide etária favorável. Esses são todos os ingredientes para que a moeda tenha um bom desempenho”, afirma. “Mas não podemos abandonar o inspetor.”
Em relação à entrada de dólares no Brasil, dados de hoje do Banco Central mostraram que, apesar da forte saída pela conta financeira no primeiro semestre, a entrada de capitais pela conta comercial foi a segunda melhor da história para o período . Os dados mostram que o fluxo comercial atingiu 42,5 mil milhões de dólares de Janeiro a Junho deste ano, logo atrás da entrada de 45,9 mil milhões de dólares no mesmo período de 2007.
Não é de surpreender que o Banco Pine continue construtivo com sua visão para a moeda brasileira. Na avaliação do economista-chefe da instituição, Cristiano Oliveira, os fatores determinantes do câmbio, que representam mais fundamentos do que flutuações de curto prazo, continuam na direção de uma valorização do real. “A taxa de câmbio agora está fora de lugar”, diz ele. “Quando olhamos para os fundamentos, para os termos de troca, embora não estejamos no melhor dos mundos, os dados até maio mostram uma situação bem comportada. Esta variável não sugere uma taxa de câmbio tão depreciada.”
Segundo o banco, a perspectiva de que os juros nos Estados Unidos permaneçam praticamente no patamar de 5%, depois que o mercado começar a precificar números mais baixos, até justificaria uma taxa de câmbio de R$ 5,25 a R$ 5,30 por dólar, mas não mais que isso.
Para o executivo do Pine, por enquanto, a situação parece mais “uma combinação indigesta de muito barulho ruim”. “O mercado certamente adicionará prêmio por causa das incertezas. Mas se for só barulho, ele volta”, afirma.
No final da tarde, às 18h, os agentes deverão ficar de olho no encontro de Lula com Haddad. Depois de temer uma perda de força do chefe do Ministério da Fazenda em relação a outros nomes do governo, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o protagonismo de Haddad no debate sobre contenção de custos acalmou os mercados nesta sessão , que também estão optimistas quanto a sinais no sentido de uma melhor condução da política económica.
Para o diretor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o comportamento do dólar após a reunião com Lula e Haddad vai depender do que for anunciado. Segundo ele, o dólar estava esticado quando ontem chegou a R$ 5,70, mas não é possível afirmar que o movimento de alta tenha terminado. “Se dessa reunião sair boa informação, acho que tenderá a acomodar mais para baixo. Não vai acomodar R$ 5,60, como está agora, mas provavelmente algo em torno de R$ 5,40 ou R$ 5,30”, afirma. (Anaïs Fernandes colaborou)
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