O dólar voltou a cair nesta sexta-feira (5), após dados de emprego nos EUA mostrarem um mercado em desaceleração, embora mais resiliente do que os analistas esperavam. No fechamento dos negócios, a moeda americana caía 0,46% e era cotada a R$ 5,461. Na semana, o dólar desvalorizou 2,27% frente à moeda brasileira, após atingir pico de R$ 5,70.
Hoje, foi divulgado o relatório de empregos da “folha de pagamento”. Os Estados Unidos criaram 206 mil empregos em junho, resultado que representa uma desaceleração em relação ao número revisado de 218 mil vagas abertas em maio, mas que ficou acima das expectativas de 190 mil novos empregos.
Os dados do mercado de trabalho são importantes porque mostram a força da economia e, consequentemente, as pressões inflacionistas. Assim, têm o poder de influenciar as expectativas sobre as taxas de juros e, consequentemente, a taxa de câmbio. Os dados de hoje sobre o emprego nos EUA diminuíram a força global do dólar lá fora.
Andressa Durão, economista da gestora ASA, destaca que embora o número de novas vagas tenha surpreendido para cima, o emprego no setor privado, mais importante para ditar o comportamento do mercado de trabalho, surpreendeu para baixo e somou-se ao novo aumento do avaliar. do desemprego.
“No entanto, as médias móveis ainda mostram um crescimento robusto do emprego, comparável ao período pré-pandemia. A Pesquisa das Famílias aponta um cenário diferente com a taxa de desemprego começando a preocupar. nos EUA, a taxa mediana de desemprego para 2024 manteve-se nos 4%, abaixo da taxa hoje divulgada”
Durão conclui que os dados do mercado de trabalho de hoje, na sequência dos dados de actividade mais fracos divulgados ao longo da semana, corroboram a narrativa do mercado de um enfraquecimento da economia, aumentando a possibilidade de um corte nas taxas de juro por parte do banco central dos EUA em Setembro. Mas, na sua opinião, os próximos dados de inflação não devem colaborar. “Mantemos o cenário de apenas um corte de juros no ano, na reunião de dezembro.”
Para Gustavo Sung, economista-chefe da casa de análises Suno, o movimento foi bastante volátil durante a semana devido a uma série de fatores. “Desde o início do ano, as moedas emergentes apresentam desempenho negativo frente ao dólar. Ainda há incerteza sobre quando os juros americanos começarão a cair, o que vem atraindo dinheiro para os Estados Unidos e, consequentemente, valorizando a moeda americana Mas também houve fatores internos, como a mudança da meta de inflação sem redirecionar os gastos. O aumento da percepção do risco fiscal também contribuiu para a desvalorização do real, assim como as críticas do presidente ao Banco Central”.
Todos esses fatores pressionavam o real. Até que as preocupações com as contas públicas pararam, após discursos reforçando o compromisso fiscal assumido pelo presidente Lula e pelo ministro Fernando Haddad na quarta-feira. O anúncio de cortes de gastos, que poderão chegar a R$ 25,9 bilhões, também ajudou a aliviar a pressão sobre a moeda brasileira.
Por fim, os dados mais fracos do mercado de trabalho americano hoje foram a cereja do bolo para a moeda brasileira terminar a semana no azul. “Portanto, o cenário externo um pouco melhor, e menos batidas governamentais em relação ao Banco Central, bem como a redução da percepção de risco fiscal, levaram a moeda ao patamar atual”, finaliza Sung.
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