A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou junho em R$ 7,067 trilhões, conforme divulgado hoje pelo Tesouro Nacional no Relatório Mensal da Dívida. O número representa um aumento de 2,25% em relação ao mês anterior.
Considerando os números do Plano Anual de Financiamento (PAF), o DPF encerrou o mês passado dentro dos limites, que variam entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões no ano.
A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) atingiu R$ 6,754 trilhões, aumento de 1,93%. Por sua vez, a Dívida Federal Externa totalizou R$ 313,61 bilhões (US$ 285,47 bilhões), um aumento de 9,86%.
As emissões de DPF corresponderam a R$ 94,54 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 12,34 bilhões, resultando em emissões líquidas de R$ 82,20 bilhões. Desse total líquido, R$ 72,36 bilhões referem-se à emissão líquida de Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 9,84 bilhões referem-se ao resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa.
O percentual devido em 12 meses da DPF foi de 20,67%, contra 20,79% no mês anterior.
O prazo médio foi de 4,02 anos, ante 4,08 anos. Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite uma melhor comparação do Brasil com outros países, a vida média do DPF passou de 5,4 anos para 5,34 anos.
A participação dos títulos pós-fixados na Dívida Pública Federal (DPF) variou de 43,78% em maio para 43,74% em junho. De acordo com os limites do Plano Anual de Financiamento (PAF), essa participação deverá variar entre 40% e 44% em 2023.
Os títulos prefixados representavam 22,67% da DPF (ante 22,68% da DPF em maio). Os papéis vinculados a índices de preços representaram 29,17% do total (29,43%). Os atrelados ao câmbio ficaram em 4,42% (4,11%).
Pelos parâmetros do PAF, a participação dos títulos prefixados deverá ficar entre 24% e 28% da DPF em 2024. Os vinculados a índice de preços deverão variar de 27% a 31% e os títulos indexados à bolsa deverão ficar entre 3 % e 7%.
A participação dos investidores não residentes na dívida mobiliária federal interna (DPMFi) variou de 9,76% em maio para 10,03% em junho. Em valores absolutos, a participação passou de R$ 647,08 bilhões para R$ 677,72 bilhões.
Os fundos de investimento tiveram uma participação de 21,99% (22,73% em maio). As instituições de previdência fecharam em 23,07% (22,9%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 30,70% (30,41%). O governo respondeu por 3,48% (3,6%). As seguradoras ficaram com 3,94% (3,89%).
O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da Dívida Pública Federal (DPF) encerrou junho em 11,10%, contra 10,56% ao ano registrados no mês anterior. O custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) ficou em 10,66%, após atingir 10,63%.
No caso das emissões, o custo médio da oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,00% em junho (11,1% em maio). Nesse caso, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 10,52% (10,56%), enquanto o custo de colocação das Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) fechou o mês em 10,87% (10,89%). As NTN-B tiveram custo de 10,74% (10,57%) e as LFTs custaram 11,26% (11,5%).
O colchão de liquidez da dívida pública encerrou junho em R$ 1,104 trilhão, ante R$ 1,031 trilhão em maio.
A almofada é suficiente para cobrir 8,2 meses de vencimentos de títulos futuros. Em maio, o colchão era suficiente para cobrir 8 meses de salários futuros.
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