Diretores de organizações previdência privada e complementar questionou nesta quinta-feira (25) a proposta que vem sendo estudada no Ministério da Fazenda quanto à criação do Modelo de regulação de mercado de “picos duplos” no brasil. As declarações ocorreram na abertura do Encontro de Profissionais de Investimentos e Previdência dos Fundos de Pensão do Norte e Nordeste (Epinne-EPB), em Recife (PE).
“Estão falando em fechar a Previc, mas nunca vi proposta [concreta]. Porque se os reguladores aderirem, o nosso setor perderá prioridade. Precisamos nos unir e defender o nosso setor”, afirmou Ricardo Pena, diretor superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Prévic).
A proposta de um “super-regulador”, antecipada pelo Valor semana passada, ainda não foi formalizado pelo governo. O modelo é inspirado no padrão utilizado em países como Reino Unido, Austrália e Holanda.
A ideia é que o Banco Central (BC) concentrar as atividades de regulamento Isso é supervisão prudencial de mercado financeiro e de capitaisalém da política monetária, enquanto Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ficaria encarregado de regulamento Isso é conduzir supervisão dos mercados.
Antes disso, o BC incorporaria os poderes do Prévic e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). A reforma, que estaria em fase preliminar de análise, surge na esteira da proposta de emenda à Constituição (PEC) que tenta garantir autonomia financeira ao BC e seria implementada por meio de lei complementar.
Para o Valor, Pena afirmou que, até o momento, ninguém ligou para a Previc para falar sobre o tema. Para ele, não há dúvidas de que, numa possível incorporação pelo BC, o segmento previdenciário ficaria em segundo plano.
“Essa experiência aconteceu na Receita Federal, quando ela assumiu a parte previdenciária. Despriorizou e focou apenas na tributação, você canaliza esforços para outra área, é uma questão de escala e procedimento”, disse ela.
Considerou também que este tipo de reforma não é simples. “Existe até este debate sobre talvez haver sombras regulatórias, pontos de intersecção. Mas no Reino Unido, por exemplo, existe o ‘Previc’. Tem a FSA, que fiscaliza as condutas, mas tem o Regulador de Pensões, que fiscaliza o que seriam as nossas entidades”, destacou Pena.
O presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e Beneficiários Autogeridos de Saúde Suplementar (Anapar), Marcel Barros, enfatizou no primeiro painel do evento que BC, Susep, CVM e Previc são órgãos distintos com responsabilidades distintas.
“Se formos tratar a previdência complementar como um simples instituto do sistema financeiro, ficaremos relegados a segundo plano. Precisamos estar atentos”, afirmou Barros.
Também esteve presente no evento o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Jarbas Biagi, conversou com Valor que a entidade não é crítica, mas que o assunto precisa ser objeto de amplo debate.
“Não somos críticos, não vimos nada formalizado. Em primeiro lugar, gostaríamos de conhecer o projecto para podermos dar a nossa opinião, até porque deve ser discutido ao nível do Ministério da Segurança Social, das Finanças e da Casa Civil. O que lemos são alguns ‘insights’, sem sequer termos o nome do responsável que falou. Não é um modelo republicano”, disse ele.
Biagi também destacou a relevância da Previc como órgão especializado. “Nossa preocupação é que um segmento tão importante para a sociedade tenha tratamento secundário. Trabalhamos para a sua criação e entendemos que, para a nação, este órgão é importante e positivo.”
O presidente da Abrapp lembrou que, durante o processo de criação da Previc, houve o cuidado de criar a Taxa de Fiscalização e Controle (Tafic), que são os próprios planos que pagam. “Não sobrecarregamos a sociedade de forma alguma.”
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