De 1º a 4 de agosto, os debates sobre sustentabilidade deslocaram-se para Piracicaba, no interior de São Paulo, onde aconteceu a segunda edição da EXPO ESG, maior evento do gênero na América Latina. Com curadoria de conteúdos do programa Stakeholders e ESG FIA, 56 palestrantes foram reunidos em um local histórico, o Engenho Central, em 16 painéis e 6 workshops, atraindo mais de 10 mil pessoas.
Ministrei a palestra de encerramento do primeiro dia, abordando o tema “O poder da ação empresarial para um futuro sustentável”. Quando estava a caminho, pensei na riqueza de mentes e perspectivas que ali estariam reunidas. Ao mesmo tempo, refleti sobre os desafios que enfrentamos na agenda ESG. Foi então que me ocorreu criar um # como lema para entrevistar pessoas durante a minha estadia na EXPO ESG e assim nasceu a empresa #desafioESGdomomento.
Foi uma experiência rica. O conjunto de depoimentos dos profissionais com quem conversei, que são referências em suas áreas, dá uma boa perspectiva do que deve ser priorizado neste momento (veja abaixo). Publiquei os vídeos nas minhas redes sociais (Instagram: sistência_by_me e LinkedIn: Sonia Consiglio) e pedi aos leitores que também dessem a sua opinião. A mensagem que emerge da respectiva nuvem de palavras é clara: precisamos de mais consciência e ação para mudar o modelo que incorpora ESG na estratégia empresarial.
Vejamos agora as mensagens das entrevistas na ordem em que foram realizadas:
· João Maurício Gama Boaventura, coordenador de Stakeholders e ESG FIA – “Conscientização em torno deste tema”.
· Vanessa Pinsky, especialista em sustentabilidade – “A palavra do dia é AÇÃO. Ação climática, ação para lidar com a gestão e envolvimento das partes interessadas, ação sobre gestão sustentável da cadeia de valor; olhar para todas as externalidades negativas da organização e criar uma agenda de negócios sustentável positiva.”
· Naiara Bertão, editora de Um Só Planeta/Valor Econômico – “Saia da página 1 e vá para 2, 3, 4… As empresas precisam ir além da superficialidade e integrar ESG em sua estratégia. Pense e repense os modelos de negócios.”
· Viviane Mansi, diretora corporativa da Diageo – “Falamos de sonhos incríveis para o futuro, mas é hora de realizá-los. O mundo não pode esperar. Os desafios são cada vez mais complexos e, quanto mais simplificarmos, começarmos a fazer, aprendermos fazendo, será muito melhor para todos nós”.
· Edson Barbero, professor de Ética Empresarial da FIA – “A polarização política, que se agrava em momentos eleitorais, não é boa para a agenda ESG. Esta agenda não deve ser guiada por qualquer tipo de interpretação ideológica. O grande desafio do momento é superar este 2024 levando a sustentabilidade para além dos debates políticos e das polarizações”.
· Mariana Schuchovski, especialista em sustentabilidade – “Descarbonização das atividades. O mundo exige ações concretas, rápidas, coordenadas e urgentes e, neste contexto, as empresas precisam se posicionar buscando descarbonizar suas atividades e olhar para seus impactos.”
· Cacá Takahashi, diretor da Anbima e presidente da BlackRock Brasil – “Tenha a coragem de aceitar as divergências e depois tenha a sabedoria, a disciplina e a ousadia para trazê-las à convergência. A agenda ESG é convergente. Não há outra maneira senão esta.”
· Sérgio Mindin, membro do conselho – “Levante a barra. As empresas precisam se convencer de que as questões socioambientais são graves. Os desafios têm de ser ultrapassados e é preciso fazer mais do que “negócios como sempre”.»
Também recebi diversas contribuições de internautas. Agradeço a cada um, reproduzindo algumas manifestações, em ordem alfabética:
· Christie Bechara – “Colocando em prática o OSD 17”.
· Cristina Pinho – “Persistência, pois os benefícios não são imediatos. Muitas vezes, aspectos importantes da agenda não são mensuráveis, mas contribuem muito para os indicadores financeiros e de eficiência das empresas, trazendo resiliência ao negócio e motivação dos colaboradores para o propósito”.
· Dalali Rajab – “O trabalho de conscientização na ponta da cadeia é fundamental para que a adesão das empresas à agenda ESG seja intrínseca ao modelo de negócio.”
· Flávia Perlingeiro – “Chegando ao essencial em ações concretas”.
· Gisele Lorenzetti – “Divulgar ações ESG para diferentes stakeholders com diferentes narrativas para envolvê-los na trajetória”.
· Lilian Marastoni: “Fazer com que líderes e conselhos entendam que ESG é parte integrante da estratégia empresarial. Estas práticas são essenciais não só para competir, mas para garantir a longevidade e adaptabilidade das empresas num mercado cada vez mais exigente.”
· Onara Oliveira de Lima – “Encurtando a distância entre o discurso e a prática”.
· Vânia Bueno – “Modelo mental de liderança sênior que não considera a visão sistêmica e é focado em resultados de curto prazo”.
Depois dessa imersão em tantos pensamentos e reflexões, também me questionei. O que, afinal, penso ser o #desafioESGdomomento? Para mim, o mais desafiador hoje é a compreensão por parte dos líderes e tomadores de decisão do valor estratégico da agenda ESG para o negócio. Isso porque, quando um líder percebe que algo é importante, ele dá prioridade a isso. E precisamos mais do que nunca dessa compreensão para não retroceder ou adiar a jornada. Você concorda?
Sônia Consiglio e Pioneiro dos ODS para o Pacto Global da ONU e especialista em Sustentabilidade.
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