A demanda pela soja dos Estados Unidos aumentou, refletida na alta dos preços na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (18/7). Mas o ajuste foi tímido e não deve alterar a tendência de queda dos valores externos. Os contratos para entrega em agosto, os mais líquidos, subiram 0,11%, para US$ 10,9850 o bushel.
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O saldo líquido das vendas de soja pelos americanos (resultado de novos contratos e distratos) na safra 2023/24 totalizou 360,1 mil toneladas na semana encerrada em 11 de julho, informou nesta quinta-feira o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O volume negociado cresceu 73% em relação à semana anterior.
Além disso, o USDA informou hoje a venda de 510 mil toneladas de soja, além de 150 mil toneladas de farelo.
Esse dado, porém, não foi suficiente para provocar uma alta consistente no pregão, e também não deve alterar a tendência de queda dos grãos em Chicago, avalia Marcelo Lacerda, head de vendas para as Américas da Hedgepoint Global Markets.
“Aos poucos, os EUA vêm perdendo importância no cenário mundial das exportações de soja. Quando isso acontece, o país aumenta seu estoque de trânsito, aumentando a oferta no mercado americano, que fixa os preços em Chicago”, afirma.
Segundo ele, o crescimento das vendas de soja nos EUA nesta semana é pontual e tende a crescer a partir de outubro, com o fim da janela de exportação do Brasil. Até lá, a expectativa ainda é de preços depreciados.
“Os preços hoje estão tendo muita dificuldade para subir. Como o mercado futuro sempre antecipa, olha um cenário climático bastante favorável para os EUA nos próximos 15 dias, o que indica que tem mais soja por vir”, destaca.
Para o negócio do milho em Chicago, os dados de vendas de cereais americanos tiveram um efeito descendente nos valores futuros. Os contratos para setembro caíram 1,70%, sendo negociados a US$ 3,9125 por bushel.
Embora as perspectivas para a oferta de milho nos EUA sejam favoráveis, a procura não mostra sinais de reacção. As vendas de cereais no país totalizaram 437,8 mil toneladas na semana de 11 de julho, abaixo das 538,3 mil toneladas negociadas na semana imediatamente anterior.
Para Marcelo Lacerda, da Hedgepoint, os Estados Unidos não deverão conseguir exportar os 55 milhões de toneladas previstos pelo USDA na temporada 2023/24, pressionando ainda mais os valores do milho, que atualmente estão nos níveis mais baixos em quatro anos em Chicago.
“É improvável que os EUA cumpram seu programa de exportação este ano e continuem com estoques elevados de trânsito. Com as exportações brasileiras de milho crescendo a cada semana, a queda em Chicago deverá prevalecer”, projeta Lacerda.
O trigo retomou sua trajetória de queda de preços na Bolsa de Chicago. Os lotes para setembro caíram 0,74%, cotados a US$ 5,3525 por bushel. Agora são quatro quedas nos últimos cinco pregões.
A desvalorização do trigo ainda é impulsionada pelo avanço da colheita nas áreas produtoras do Hemisfério Norte, além das condições favoráveis para as lavouras nos Estados Unidos.
A queda desta quinta só não foi maior por causa dos números de vendas do trigo americano. Segundo dados do USDA, os produtores do país comercializaram 578 mil toneladas na semana encerrada em 11 de julho, volume superior se comparado às 240,4 mil toneladas registradas na semana imediatamente anterior.
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