Projeção apresentada esta quinta-feira é da Empresa de Pesquisa Energética A demanda por diesel (com mistura de biodiesel) deverá crescer 25% até 2034, apesar das perspectivas de aumento na participação da eletrificação de veículos e do uso de gás natural (e biometano). A projeção é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apresentada hoje por Marcelo Cavalcanti, superintendente adjunto de derivados de petróleo e biocombustíveis da estatal, durante evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), em São Paulo. Leia mais Debate sobre qualidade não impede aumento na mistura de biodiesel ANP autoriza comercialização de óleo diesel marítimo com 24% de biodiesel Esse crescimento deverá ser impulsionado pelo transporte rodoviário, segundo Cavalcanti. O número considera que a mistura de 15% de biodiesel entrará em vigor em março de 2025, mas não inclui a demanda potencial de biodiesel para uso em navios em rotas internacionais. Segundo o especialista, essa demanda seria de 1 bilhão de litros no período. Os dados indicam que a procura por combustíveis deverá crescer mais do que a oferta. Segundo a EPE, a produção de diesel deverá aumentar 12% até 2030, como resultado de um aumento de 7% na capacidade de refino brasileira, e de um crescimento esperado de 66% na capacidade de produção de biodiesel. Com isso, a oferta do ciclo diesel deverá crescer 20%, segundo Cavalcanti. Como resultado, espera-se que o Brasil continue dependente das importações de diesel pelo menos nos próximos dez anos, próximo dos níveis atuais de 25%. Nas projeções da EPE, a necessidade de importações deverá crescer até 2028, cair em 2030 e depois subir novamente até 2034. Nesse período, a perspectiva de importações líquidas de diesel A é de aumento de 36%. Saiba mais taboola O superintendente destacou que os números representam tendências e podem variar, considerando o potencial de cada alternativa tecnológica de rota, incluindo outros modais, como o ferroviário. As projeções já consideram, portanto, que há maior possibilidade de adoção de alternativas de eletrificação nas frotas leves, semileves e médias, enquanto nas frotas pesadas as perspectivas são mais favoráveis para o gás natural e o biometano. A participação dos veículos elétricos leves e médios é hoje de 15%, enquanto os veículos a gás natural representam 1,3% da frota pesada. Os bondes representam 20% das licenças, mas Cavalcanti destacou que esse número apenas contribui para o estoque da frota existente. Observou que as alternativas aos combustíveis derivados do petróleo enfrentam desafios, tais como elevados custos de aquisição de veículos novos, autonomia limitada, capacidade de carregamento reduzida no caso de veículos eléctricos a bateria, pouca infra-estrutura de carregamento e baixa velocidade de carregamento, entre outros. fatores.
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