Decisões monetárias de Brasil, EUA e Reino Unido e temporada de balanços marcam o dia | Bolsas e índices

Ontem (01), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa referencial de juros, a Selic, em 10,50% ao ano, novamente, repetindo o movimento visto em junho, quando o ciclo de redução de juros foi interrompido. A declaração destacou mais uma vez a força da inflação dos serviços. Na verdade, os últimos indicadores económicos daqui levantaram um alerta. Dados inflacionários como IPCA-15, conhecida como “prévia da inflação” e também o IGP-M, apelidado de “inflação de aluguéis”, ficou acima das expectativas. Ontem (31), os dados do emprego também mostraram que a actividade continua forte, o que aumenta a pressão inflacionista.

Já nos Estados Unidos o tom foi de alívio, como o mercado esperava. Embora a Reserva Federal (Fed, o banco central americano) mantenha as taxas de juros no mesmo nível (que, aliás, é um recorde), a mensagem era que um corte está por vir. O presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, afirmou que os Estados Unidos estão “perto de um corte nas taxas de juro”, mas “ainda não chegaram a esse ponto”. De acordo com Powell, se a inflação desacelerar rapidamente e o mercado de trabalho permanecer consistente com os dados de hoje, “um corte poderá estar em cima da mesa em Setembro”.

Agora o mercado espera para ver se haverá corte no Reino Unido. A expectativa é que os juros caiam por lá, principalmente depois que o Banco Central Europeu (BCE) já reduziu seus juros no início de junho, em resposta ao arrefecimento da inflação que vem acontecendo na Europa.

O mercado também está de olho na temporada de balanços, principalmente nos Estados Unidos. Lá, a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) reportou lucro diluído por ação de US$ 5,16 no segundo trimestre do ano, acima dos US$ 4,71 estimados pelo mercado.

Nos três meses encerrados em junho, a Meta registrou receita líquida de US$ 39,07 bilhões, também acima das previsões dos analistas. Com isso, as ações subiram fortemente no pós-mercado e devem impactar o pregão desta quinta-feira (31).