“Se não for o governo, quem investirá na melhoria do feijão ou das frutas e legumes? ”, diz pesquisador Ao discutir a privatização das fazendas públicas em São Paulo, alguns economistas apontam que a valorização das terras onde estão localizadas poderia acrescentar algumas centenas de milhões aos cofres do Estado. Contudo, uma questão está a ser levantada por cientistas, representantes do agronegócio e até economistas: quem faria investigação alimentar sem grande interesse económico? Saiba mais taboola “Se não for o governo, quem investirá na melhoria do feijão ou das frutas e legumes? ”, questionou Marcos Antônio Machado, pesquisador científico do Instituto Agronômico (IAC). Esta é também a preocupação de Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Económico Regional da Segunda Região do Estado. “Não sou de forma alguma a favor da nacionalização, mas sabemos que 73% dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros vêm da agricultura familiar, assentamentos e outros tipos de organizações. A falta de cientistas e de locais públicos inviabilizaria a pesquisa de alguns desses alimentos.” Os cientistas também apontam que haveria menos independência na investigação privada em comparação com a investigação pública. “Sem pressão, o cientista competitivo pode expressar os resultados da pesquisa, mesmo que afete um grupo, ou até que o resultado seja ruim”, disse a presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), Helena Dutra Lutgens. Pedro de Camargo Neto, ex-presidente da Sociedade Brasileira Rural (SRB) e um dos mais respeitados líderes do setor, lembra o momento crucial que o agronegócio atravessa. “O valor desses hectares parece muito, mas não é nada para o orçamento do Estado de São Paulo. Além disso, este é um momento em que se deve investir ainda mais na investigação pública, à luz da crise climática”, afirmou. “As variedades que existem hoje não serão capazes de garantir a produtividade no futuro, porque o clima já mudou e é o governo quem tem que direcionar a investigação para alimentos que sejam importantes para a população e para a economia local”, afirmou. . “É a iniciativa pública que vai direcionar o melhor pasto para os pequenos pecuaristas ou quais variedades de frutas e hortaliças plantar no cinturão verde do estado de clima mais seco e quente”, acrescentou. Apesar de serem defensores das fazendas públicas, Gomes e Camargo Neto afirmam que, para funcionarem bem, precisariam de contratos de gestão. Ou seja, os gestores dessas unidades devem ter metas de produção de pesquisas, certa atuação em favor da população e prestar contas das finanças. Ao Valor, o secretário da Agricultura, Guilherme Piai, disse que parcerias com empresas privadas podem garantir mais eficiência nas pesquisas. Para ele, o problema do setor no Estado não está na infraestrutura das localidades, mas nos salários dos pesquisadores, que são “uma vergonha” e precisam ser recompostos, depois de anos sem reajustes. O salário inicial de um pesquisador em São Paulo é de pouco mais de R$ 5 mil, enquanto a Fapesp, por exemplo, paga R$ 14,3 mil e a Fiocruz, R$ 11,8 mil para iniciantes. Na Embrapa, a remuneração ultrapassa os R$ 15 mil, comparou o secretário. Piai afirmou ainda que prepara um projeto de lei para enviar à Assembleia Legislativa do Estado solicitando aumento nessas carreiras. Novas licitações neste momento, porém, estão descartadas. Segundo a APqC, a escassez de mão de obra é de 70% em São Paulo. O Estado preencheu 2.175 vagas, entre pesquisadores e cargos de apoio, mas ainda restam 8 mil pessoas para atender às necessidades. Só na área agrícola faltam 200 investigadores e mais de 3.700 funcionários de apoio.
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