Uma das discussões que deve ganhar força na área ambiental é a necessidade de financiamento para projetos voltados às mudanças climáticas, o que inclui quanto será necessário investir no mundo em soluções para mitigar os impactos climáticos, avaliam Fábio Cascione e Rafael Feldman , sócios do Cascione Advogados. Eles apontam para o interesse da indústria do petróleo e do gás em soluções como a captura e armazenamento de carbono.
Os especialistas são organizadores do livro “Direito e Meio Ambiente” (Editora Primata), que reúne artigos e análises jurídicas escritas por 30 advogados das mais diversas áreas do escritório. A obra destaca como as questões ambientais permeiam todas as atividades empresariais em andamento e mostra como a complexidade do tema exige uma prática multidisciplinar do Direito.
“O direito ambiental é um dos assuntos mais complexos e que exige muito estudo”, diz Cascione. O livro foi lançado em São Paulo em maio e tem lançamento previsto para setembro no Rio de Janeiro.
Os autores destacam que a indústria petrolífera no Brasil ainda apresenta tendência crescente de produção, com pico de extração entre 2030 e 2031, segundo dados oficiais, ao mesmo tempo em que há sinal amarelo sobre o financiamento do que se chama de “energia suja”. ”. , com redução nas linhas de crédito para fontes como o carvão mineral. Ao mesmo tempo, as empresas petrolíferas podem beneficiar de instrumentos destinados a soluções mais limpas, tais como obrigações verdes e rotulagem de emissões.
“Não é que essas atividades mais convencionais deixem de existir, acho que a tendência é que deixem de beneficiar [em prol] do que está por vir”, disse Feldman. “Na verdade, essa é uma boa discussão… como o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] deve ou não financiar novos projetos da Petrobras, principalmente na Margem Equatorial”, acrescentou Cascione.
Para Cascione, algo que talvez possa acontecer nos próximos anos é uma redução gradual dos benefícios e do financiamento para a indústria dos combustíveis fósseis, e não uma cessação do crédito para a cadeia de petróleo e gás.
Um ponto que os especialistas estão focando no futuro próximo será a formação de um mercado voluntário de carbono, que teve um projeto de lei aprovado pela Câmara no final de 2023. O país tem visto um aumento no ritmo de transações nos últimos anos, mas ainda muito abaixo do que poderia ter sido alcançado se o marco legal do mercado tivesse sido aprovado antes, disse Rafael Feldman.
Estima-se que o Brasil possa arrecadar receitas de 120 mil milhões de dólares até 2030 com este mercado, observou. “Temos muitas expectativas de que seja aquecido nos próximos anos”, disse Feldman. A preocupação é com o “timing” da política, já que o PL já havia sido aprovado na Câmara e no Senado no ano passado, voltando para análise dos deputados, após alterações.
Cascione e Feldman destacam que a energia eólica offshore e o hidrogénio verde são rotas tecnológicas que tendem a ser mais facilmente aprovadas pelos respetivos enquadramentos legais. No caso do hidrogénio verde, “não há como ter alguém que se oponha a esta agenda”, que corresponde à produção de um combustível sustentável, uma forma de armazenamento de energia.
Da mesma forma, do ponto de vista ambiental, os parques eólicos offshore tendem a ter algum impacto ambiental, mas a maior discussão seria na área regulatória, como a definição de áreas, para atrair empreendimentos, segundo eles. O maior ponto de debate, avaliam, é a captura e armazenamento.
“Quer você goste ou não, desperta emoções. Muitas pessoas entendem que não há trabalho para mitigar as emissões com captura de carbono. Não há redução, você apenas encontra uma forma de readaptar as práticas que você já faz”, disse Feldman.
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