De volta à montanha russa: entre mínima e máxima em 30 dias, bitcoin oscila 30% | Criptomoedas

A maior criptomoeda em valor de mercado encerrou junho no patamar de US$ 60 mil, patamar observado desde a realização de lucros que marcou o período após o novo recorde, de US$ 73,7 mil, em março.

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De 28 de junho a 29 de julho, porém, o bitcoin sofreu com acontecimentos específicos, caindo para US$ 53 mil, e voltou para US$ 70 mil na manhã desta segunda-feira (29).

A mínima do período foi causada principalmente pela derramamento de bitcoins realizado pelo governo alemão, que liquidou bitcoins resultantes de apreensões em atividades ilícitas. As especulações em torno do início – ou não – de uma redução da taxa de juros praticada pelos Estados Unidos, hoje em 5,5% ao ano, para remunerar seus títulos de dívida também pesaram sobre o movimento.

O mercado espera amplamente que o corte nas taxas aumente o fluxo de recursos para ativos mais arriscados, como ações e criptomoedas. Na direção oposta, a manutenção da taxa continua a favorecer os investimentos em renda fixa americana.

Nos últimos dias, o cenário setorial passou a contar com a Fator “eleição presidencial dos EUA”. O embate entre Democratas e Republicanos sobre o mercado de criptomoedas tem ditado movimentos, com maior força compradora acompanhando o sinalizando que o candidato Donald Trump estaria liderando as intenções de voto. Trump é agora publicamente a favor das criptomoedas, nomeadamente do Bitcoin – apesar de já ter sido publicamente contra.

Em evento sobre criptomoedas no sábado, Trump declarou que, se eleito, seu governo construirá reservas em bitcoin e que ele demitirá sumariamente Gary Genslerpresidente da SEC, a CVM americana, que é contra o setor, apesar de o regulador ter aprovado a listagem e negociação de ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) para bitcoin e ethereum (a segunda maior criptomoeda em valor de mercado).

Assim como o fim de uma montanha-russa, após esse pico de US$ 70 mil, o bitcoin voltou a cair e, por volta das 16h (horário de Brasília) estava sendo negociado na casa dos US$ 67 mil.

No final desta semana, o fator interesse americano deverá mais uma vez ditar a direção. Na quarta-feira, o Comité de Política Monetária do Reserva Federal (Fed, banco central americano) encerra reunião para avaliação do cenário macroeconômico e das taxas de juros. Embora o consenso aponte para a manutenção da atual taxa de juros, o conteúdo do comunicado deve pesar ou impulsionar os índices de ações e criptomoedas.