O host José Luiz Datena (PSDB) manteve dúvidas se realmente concorrerá à prefeitura de São Paulo este ano ao dizer nesta terça-feira (16) que será candidato “desde que ninguém se incomode” e que continuará esperando “ser ou não ser” um candidato. Em audiência promovida pelo UOL e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Datena criticou o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) e defendeu a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O apresentador também criticou duramente o atos de 8 de janeiro de 2023contra a democracia, que foram minimizadas ontem pelo prefeito de São Paulo.
Filiado desde abril ao PSDB – seu 11º partido – e após desistir cinco vezes de concorrer às eleições, Datena afirmou que pretende ir até o fim desta vez, mas não disse que será candidato. O apresentador afirmou que “não confia nos políticos, nas palavras dos políticos” e que em eleições passadas desistiu de concorrer porque foi “ferrado no caminho”.
“Minha desconfiança nos políticos é total. Até me tornar parte do ambiente político e começar a ter confiança nos políticos em geral, continuarei a esperar ser ou não ser [candidato], essa é a questão. Se alguém mexer comigo daqui até o dia das eleições, vai ficar no meio do caminho também”, afirmou Datena, durante a audiência.
Questionado se sua candidatura não estava garantida, ele recusou novamente. “Eu poderia morrer amanhã. Minha intenção desta vez é ir até o fim, desde que ninguém me incomode.” Datena disse que há perspectiva de se ferrar dentro do PSDB e criticou o que chamou de “velha política”.
O pré-candidato tucano evitou dizer se é progressista ou conservador – “sou institucionalista” – e afirmou que nos extremos “não há nada de bom”. Depois, criticou o prefeito e pré-candidato à reeleição, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Esse prefeito de São Paulo não entende nada de política.” “Na verdade, a Prefeitura de São Paulo caiu no colo dele”, disse, criticando o prefeito por “destruir” a cidade. “[Injustiça] É ter um prefeito tão ruim quanto ele”, disse Datena.
Eleito vice de Bruno Covas (PSDB) em 2020, Nunes tomou posse em maio de 2021, com a morte do então prefeito. Na campanha de 2020, Covas convidou Datena para ser vice, mas a negociação não deu certo e Nunes foi o escolhido.
Questionado sobre qual governo considera melhor, o de Lula ou o do ex-presidente Bolsonaro, Datena defendeu o atual presidente. “Claro que foi o Lula. Ele não foi eleito três vezes à toa. É óbvio que foi o Lula, o melhor governo foi o Lula”, repetiu.
Sobre a tentativa de golpe com os atos de 8 de janeiro de 2023, o apresentador afirmou que se tratou de uma ação “clara, absurda e desproporcional” contra a democracia. “Essa foi uma tentativa de golpe explícita, completamente explícita. Isto é inegável. Quem nega essa tentativa de golpe quer negar a história brasileira. Quem negar isso é um absurdo, não tem lugar”, disse, numa crítica indireta a Nunes, que ontem, na audiência do UOL/Folha, minimizou os atos e negou que tenham sido uma tentativa de golpe de Estado.
Datena evitou criticar o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, com quem chegou a conversar sobre uma possível chapa para disputar essas eleições. O tucano disse que Boulos não é de “extrema esquerda” e, depois, voltou a atacar o atual prefeito “Ricardo Nunes nem sabe quem ele é”, disse. “O prefeito diz que aceita extremistas desde que sejam democráticos. Como ele pode ser extremista e democrático ao mesmo tempo? Só na concepção do prefeito de São Paulo.”
O apresentador também atacou políticas da atual gestão, como o cercamento de praças na região central de São Paulo, para evitar a concentração de dependentes químicos. “Isso me lembra os guetos e campos de concentração da era nazista. Isso é um absurdo”, disse ela. “Esta última administração é um horror. Esse cara é o pior prefeito de todos os tempos. Não há ninguém pior. Ele relegou o centro para o quinto nível e depois teve a ideia fascista de trancar as pessoas em guetos.”
O candidato do PSDB elogiou a pré-candidata do PSB, Tabata Amaral, e disse que ele passou do PSB para o PSDB por insistência do parlamentar. Ele também negou ter “traído” Tabata ao lançar sua pré-candidatura e não se juntar a ela. “Se o PSDB a traiu, o problema é do PSDB”, disse ela. “Foi ela quem propôs que eu saísse para o PSDB. Ela insistiu e eu fui para o PSDB.”
Na pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada no dia 5, Nunes tem 24% das intenções de voto e está tecnicamente empatado com Boulos, com 23%. Datena tem 11%, Pablo Marçal (PRTB) aparece com 10% e Tabata Amaral registra 7%. . A empresária Marina Helena (Novo) soma 5%, dois pontos percentuais a mais que Kim Kataguiri (União). Os candidatos João Pimenta (PCO), Fernando Fantauzzi (DC) e Altino (PSTU) receberam 1% das menções cada. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-01178/2024.
Datena também criticou a implantação da tarifa zero nos ônibus aos domingosDiz-se que o subsídio pago pela prefeitura às empresas de transporte financiou o crime organizado. Em 2023, a cidade pagou R$ 5,3 bilhões em subsídios e este ano o valor pode chegar a R$ 7 bilhões. Até maio, foram R$ 4,8 bilhões.
“Isso é uma piada, só brincadeira. Esse prefeito é um brincalhão. A maior fraude é que um trabalhador leva 2h30 para chegar ao trabalho e 2h30 para voltar e está pagando passagem da empresa de ônibus até a empresa investigada pelo PCC. O dinheiro continua indo para o PCC”, afirmou.
A infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema de transporte paulista é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo. Em abril, foi lançado em Operação Fim da Linha, que prendeu diretores das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que operam na capital paulista, por suspeita de envolvimento com o PCC. A operação foi executada pelo Ministério Público, Polícia Militar, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Essa coisa de tarifa zero é mentira, mais uma desse prefeito. Porque se você der tanto para as empresas de ônibus, elas teriam que pagar para você andar de ônibus. Ou ter tarifa zero o tempo todo, por causa de tanto dinheiro que esse cara coloca nas empresas de ônibus”, disse.
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