O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Enjaulado) mostrou perda de força na criação de empregos com carteira assinada em julho. Mesmo assim, o ritmo não esfriou como o mercado previa. É por isso, o relatório envia sinais confusos para investidores e economistas, tornando mais complexa a interpretação do mercado de trabalho no Brasilum dos principais pontos de atenção para o controle de inflação no país.
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No mês de julho, saldo foi positivo em 188.021 vagas, ante superávit de 201.705 mil vagas em junho. O ritmo passou de uma aceleração de 52% na criação de empregos entre maio e junho para uma desaceleração de quase 7% entre junho e julho.
Os dados divulgados no início da tarde desta quarta-feira (28) devem afetar as apostas de gestores e investidores na alta da Selic na próxima reunião do Banco Central (BC).nos dias 17 e 18 de setembro.
- Apesar do abrandamento do ritmo de criação de emprego, o número divulgado pelo Caged ainda ficou acima da mediana do projeções apurado por Data Valorque apontou saldo líquido de 183,1 mil empregos formais no mês passado. O intervalo das projeções era de superávit de 156.251 a 235 mil empregos em julho.
O salário médio de ingresso em julho foi de R$ 2.161,31, 1,08% acima do salário médio de junho, de R$ 2.138,37.
E este é potencialmente o maior risco nos dados publicados hoje, considerando que a criação de emprego não abrandou como esperado..
Com mais rendimento disponível, graças ao aumento dos salários, a população tende a consumir mais, o que cria pressões inflacionistas tendo em conta o aumento da procura de produtos e serviços.
À medida que os preços de mercado se equilibram na equação da oferta e da procura, desconsiderando outros factores, quanto mais compradores houver de produtos e serviços, mais os preços sobem. Portanto, se a situação for invertida, há menos pressão sobre a inflação.
De acordo com o Termômetro Copom (Comitê de Política Monetária), ferramenta do Valor Investir que mede as projeções para a decisão do comitê, desde meados de agosto, as perspectivas de a Selic entrar em um “mini ciclo contracionista” superaram as de manutenção da taxa.
No momento, 43% dos agentes acreditam que a taxa básica será elevada em 0,25 ponto na reunião de setembro. Outros 28,5% esperam que a taxa Selic permaneça em 10,5%, enquanto 26,4% veem aumento de meio ponto nos juros e os 1,4% restantes esperam aumento de 0,75 ponto.
Portanto, a tendência é que o grupo que aposta na taxa Selic suba marginalmente neste curto prazo.
Isso aconteceria se mais agentes financeiros estão convencidos pelos dados de hoje do Caged de que as pressões inflacionárias no mercado brasileiro estão fora de controle. Esse retrato obrigaria o BC a elevar a taxa Selic para regular o ritmo de aumento dos preços e, assim, preservar o poder de compra da população.
Mas isso, claro, só será consolidado se os próximos dados de inflação (como o IPCA de agosto, que será conhecido no dia 10 de setembro) não revertam a percepção desse cenário até a próxima reunião do Copom.
A três semanas da próxima decisão sobre juros, o mercado de trabalho é um dos principais pontos de atenção do BC. E essa mensagem foi transmitida nas últimas atas e reiterada em discursos de dirigentes do município. Principalmente depois de investidores e economistas preverem inflação mais alta neste ano e em 2025.
Isso porque, aos olhos do BC, um mercado de trabalho em aceleração contribui para mais inflação e, portanto, pressiona o comitê para promover aumento dos juros e controlar a alta dos preços.
Mas não é apenas o canal de inflação da procura que regula o ritmo dos preços num mercado. Também há questões de ofertas. E, neste sentido, os especialistas mapeiam menos tensões.
“A oferta de energia e petróleo é abundante e a colheita é muito forte tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Isto significa que a pressão inflacionária através deste canal de oferta parece controlada. Pode haver algumas surpresas do lado da demanda, mas não é isso que vemos. Atualmente não há maior otimismo nem forte demanda do consumidor no país. Muito pelo contrário. Portanto, acreditamos que o mercado pode estar exagerando nessa previsão de aumento dos juros”, afirma. Caio Schettinochefe de alocações da Critérios.
A equipe econômica da assessoria de investimentos pretende manter a taxa Selic na próxima reunião do Copom.
Mas por que o mercado aposta o contrário?
Nos últimos meses, o ritmo de criação de empregos no Brasil tem surpreendido devido à sua resiliência mesmo em um ambiente já elevado de Selic, o que gerou preocupação por parte dos membros do BC sobre se o nível atual das taxas de juros seria suficiente para controlar as pressões inflacionárias neste novo ambiente.
Ainda há dúvidas sobre a mudança na gestão do BC e a necessidade do sucessor do Roberto Campos Neto na autarquia para provar a sua independência do actual governo.
Para tanto, indicando que o ritmo do mercado ainda exigiria mais juros para controlar a alta dos preços, o novo presidente do BC deverá mostrar ao mercado que fará novos aumentos nas taxas para perseguir a meta de inflação, de 3% acumulada em 12 meses.
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