Faça o comum de uma forma extraordinária. Esse foi o desafio para 2024 apresentado por Alexandre Costa, fundador da Cacau Show, aos 2.418 franqueados da rede, a maior do país, com 4.274 unidades, segundo Ranking ABF das 50 Maiores Redes de Franquias do Brasil por Operação. Com 530 lojas inauguradas em 2023, a Cacau Show atingiu R$ 5,53 bilhões em vendas, ante R$ 4,2 bilhões em 2022. A meta este ano é somar R$ 7 bilhões e crescer 37%, atingindo 4,7 mil lojas.
“Nossa estratégia de crescimento é baseada em dois pilares: bom relacionamento com franqueados e pesquisa de mercado”, afirma Costa. “Temos a meta de atingir 5.500 lojas em um futuro próximo.” Os planos não param por aí. A Cacau Show espera ter 1 milhão de revendedores diretos em cinco anos – hoje são 100 mil -, além de consolidar a marca no exterior. A empresa também investe em entretenimento: abriu dois hotéis e adquiriu o Grupo Playcenter.
O desempenho da Cacau Show reflete o mercado de franquias no ano passado, que atingiu R$ 240,6 bilhões em faturamento – com crescimento real de 9,18%, superando as expectativas. No total são 3.311 marcas franqueadas, que respondem por 195.862 operações e totalizam 1.701.726 empregos diretos.
Vejo muitas oportunidades com a adoção da IA generativa”
-A. Cristofoletti
Para Tom Moreira Leite, presidente da Associação Brasileira de Franchising, além da melhora da situação macroeconômica, com inflação mais baixa, retomada do emprego e PIB positivo, o avanço da digitalização e a adoção de melhores práticas, tanto em relação aos processos quanto no relacionamento com os consumidores e dentro da própria rede também contribuiu para o resultado positivo.
Os números do primeiro trimestre indicam que as expectativas de aumento para este ano – 10% nas receitas, 5% no número de redes e 5,5% no volume de operações – poderão ser superadas. O crescimento nominal foi de 19,1% em relação ao mesmo período de 2023.
Para a Casa Bauducco, que registrou crescimento de 30,5% entre janeiro e abril deste ano, as expectativas foram superadas. O desempenho, segundo a diretora de expansão, Renata Rouchou, se deve ao aumento do ticket médio (7%), mas, principalmente, ao crescimento do fluxo de clientes nas lojas (21,8%). “Estamos trabalhando muito nas ativações de marketing, reformulamos a marca, além da reforma das lojas, que deve ser concluída até junho de 2025”, relata. “Também trabalhamos para flexibilizar as operações por clusters, de acordo com as características de consumo. Cardápio com refeições em prédios corporativos, café da manhã em hospitais, mesas diferenciadas em aeroportos”. Com 160 lojas em operação, a marca deve fechar o ano com 190 unidades e faturamento em torno de R$ 250 milhões.
Para Altino Cristofoletti, cofundador da Casa do Construtor, o segredo da expansão está na sustentabilidade das operações e na tomada de decisões mais assertivas e baseadas em dados bem estruturados. “A maioria das redes ainda não transforma as informações em conhecimento da sua base de dados e isso impacta nos resultados”, afirma. “Vejo muitas oportunidades com a adoção da IA generativa.” A rede – que dobrou de tamanho nos últimos três anos e tem expectativa de faturar R$ 960 milhões – aposta na expansão de atuação em cidades com mais de 100 mil habitantes, além de estudar novos modelos de franquias (lojas menores e store in store ), para municípios entre 40 e 80 mil habitantes. “Nosso objetivo é chegar a mil lojas, com a responsabilidade de preservar as margens dos franqueados”, afirma Cristofoletti, acrescentando que a marca deve pisar na Europa em 2025.
O setor também será impactado pela tragédia no Rio Grande do Sul”
— Moreira Leite
O franchising brasileiro passa por um período de alta profissionalização. “Temos um número significativo de redes em estágio avançado de maturação e governança, o que faz com que os franqueados amadureçam”, diz Leite, da ABF. “Isso desperta o interesse de bancos e fundos de capital de risco de médio e grande porte. No início de junho, um fundo global nos procurou interessado em entender melhor o ecossistema de franquias no Brasil.” Não surpreendentemente, estima-se que os próximos anos serão marcados por um número significativo de fusões e aquisições.
O interesse dos investidores se confirma até nas novas redes. Quatro anos após sua fundação e em franquia desde 2023, o hospital veterinário VPR – primeira rede de clínicas de apoio a veterinários especializados em procedimentos de alta complexidade – se prepara para arrecadar R$ 120 milhões. “Recentemente, a empresa foi avaliada em R$ 105 milhões, quase dez vezes mais do que em 2022, quando 10% do capital foi comprado por um investidor anjo”, diz João Marcos Rios, sócio fundador. Prestes a abrir a terceira unidade, o franqueador detém 51% do negócio e o franqueado 49%. “Somos B2B2C, nosso foco são veterinários parceiros, que utilizam nossas instalações para tratamentos de alta complexidade e UTI”, afirma. Já são mais de 600 médicos cadastrados e faturamento estimado em R$ 15 milhões para 2024.
A VPR está em um dos segmentos de franchising que mais cresceu no último ano, serviços e outros negócios (15,9%), seguido por food service (17,9%); saúde e bem-estar (17,5%), hotelaria e turismo (16,4%) e moda (14,3%). Dentro deste último segmento, que tem meta de 700 lojas em cinco anos, o Grupo Hope recorreu a uma consultoria para repensar seu planejamento estratégico. “Eles nos provocaram tanto em relação à indústria quanto ao franqueador”, diz a CEO Sandra Chayo. “O resultado foi a criação de linhas de produtos mais acessíveis para ampliar o público endereçável da marca e o desenvolvimento de um novo modelo de franquia, a loja Full, que reúne as marcas Hope e Hope Resort, com foco em cidades com mais de 500 mil habitantes”. rede deverá movimentar cerca de R$ 400 milhões este ano.
Mas há desafios importantes no sector, na opinião de Moreira Leite. “Ainda temos alguns obstáculos pela frente, como ajustar as operações omnicanal, acompanhar as constantes mudanças no comportamento do consumidor e, principalmente, enfrentar a elevada carga tributária, a pressão inflacionária, melhorar o acesso ao crédito e quitar compromissos assumidos durante a pandemia” , afirma. “Não dá para mensurar, mas o setor também será impactado pela tragédia no Rio Grande do Sul, pois muitos franqueados foram afetados.” Segundo estimativas da ABF, existem 10.959 franquias no Estado, de 2.104 redes diferentes, que geram cerca de 91,6 mil empregos diretos.
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