O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou, em ata divulgada nesta terça-feira, que seus membros concordaram “que há mais riscos de alta na inflação, inclusive com vários membros enfatizando a assimetria do equilíbrio de riscos”. O comitê reforçou ainda que não hesitará em aumentar as taxas de juros para garantir a convergência da inflação à meta, caso considere apropriado. Na semana passada, o Copom manteve os juros em 10,5% ao ano.
As informações sobre os maiores riscos de alta da inflação estão contidas na parte da ata que detalha o balanço de riscos, ou seja, o conjunto de fatores que potencialmente poderiam fazer com que a inflação ultrapassasse ou ficasse abaixo dos 3,2% projetados para o período de 12 meses. até março de 2026. A ata lista novamente os fatores que já haviam sido antecipados no comunicado da semana passada.
No lado altista da inflação, existem três factores: “uma desancoragem das expectativas de inflação por um período mais longo; “maior resiliência na inflação dos serviços do que o previsto devido a um hiato do produto mais reduzido”; e “uma conjunção de políticas económicas externas e internas que têm um impacto inflacionário, por exemplo, através de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”.
No lado baixista, existem dois factores: “um abrandamento da actividade económica global mais pronunciado do que o projectado”; e “os impactos do aperto monetário na desinflação global revelaram-se mais fortes do que o esperado”.
Cenários nacionais e internacionais
O Copom disse avaliar que as circunstâncias domésticas e internacionais exigem cautela ainda maior na condução da política monetária. “Em particular, os impactos inflacionistas resultantes de movimentos nas variáveis de mercado e nas expectativas de inflação, se estes se revelarem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância”, diz a ata.
No documento, o Copom citou surpresas na atividade econômica, aumento nas projeções de inflação, elevação nas expectativas de inflação e um cenário internacional adverso.
“No cenário doméstico, o mercado de trabalho e a atividade económica, em particular o consumo das famílias, surpreenderam e divergiram do cenário de desaceleração esperado”, diz a ata.
“Houve novo aumento nas projeções de inflação para o horizonte relevante da política monetária, apesar de novo aumento na trajetória da taxa Selic extraída da pesquisa Focus”, diz o documento. “Da mesma forma, as expectativas de inflação mostraram-se ainda mais desancoradas desde a reunião anterior.”
Segundo o Copom, os dados sobre a inflação “sugerem uma trajetória que não diferiu significativamente do esperado, mas que foi observada uma desaceleração do processo desinflacionário no período mais recente”.
O documento diz ainda que as taxas de inflação dos bens industriais e alimentares no país mantiveram as trajetórias recentes e deixaram de contribuir para a desinflação nesta fase. A inflação dos serviços, continua, “que tem maior inércia, assume um papel preponderante na dinâmica desinflacionária na fase atual”.
A ata diz que o Copom também discutiu o papel da dinâmica do mercado de trabalho e das expectativas de inflação na determinação da inflação de serviços. “Concluiu-se que o processo desinflacionário desacelerou e que os atuais níveis de inflação acima da meta, num contexto de dinamismo da atividade económica, tornam mais desafiante a convergência da inflação para a meta”, diz a ata.
O Copom destacou ainda que “o desenvolvimento do cenário será particularmente importante para a definição dos próximos passos da política monetária”, citando as hipóteses de manutenção dos juros ou aperto da taxa Selic.
“O Comitê avaliará a melhor estratégia: por um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; Por outro lado, o Comitê reforçou por unanimidade que não hesitará em aumentar a taxa de juros para garantir a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, diz o documento.
Na avaliação unânime do Copom, “o momento atual é de ainda maior cautela e monitoramento diligente das condições de inflação, sem compromisso com estratégias futuras”.
“O cenário marcado por projeções mais elevadas e mais riscos de inflação mais elevada é desafiador, e o Comitê avalia que o desenvolvimento do cenário será particularmente importante para a definição dos próximos passos da política monetária”, diz a ata.
O Copom afirma que, como de costume, as estratégias adotadas pelo Comitê refletirão o compromisso com o cumprimento da meta de inflação, visando também reancorar as expectativas de inflação, a fim de minimizar o custo da desinflação. “O Comitê permanecerá vigilante e lembrará que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergir a inflação para a meta”, diz a ata.
A ata da última reunião do Copom apontou que a projeção para o horizonte relevante da política monetária “está acima da meta de inflação de 3%”. O horizonte é de seis trimestres à frente, portanto o primeiro trimestre de 2026.
Segundo o painel, manteve-se o entendimento habitual, “sem qualquer alteração”, de que o horizonte relevante é de seis trimestres à frente.
O documento aponta que no cenário de referência, que considera a Selic extraída da pesquisa Focus, a projeção acumulada para o horizonte relevante é de 3,4%. No cenário alternativo, que considera taxa de juros constante, o número é de 3,2%.
Segundo a ata, a comissão optou por comunicar estas projeções, além das tradicionais feitas para anos civis, para contribuir “para a transparência na comunicação da política monetária”. Segundo o Copom, essa decisão está em linha com o sistema de metas contínuas estabelecido em 3% a partir de 2025.
Para os anos-calendário, as projeções do Copom, no cenário de referência, eram de 4,2% em 2024 e 3,6% em 2025. Para os preços administrados, atingiu 5% em 2024 e 4% em 2025. Já no cenário alternativo, a projeção para 2024 foi de 4,2% e para 2025 de 3,4%.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo