Ó Índice de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 1,9 ponto em junho, para 91,1 pontos, após queda mais significativa no mês anterior. Nas médias móveis trimestrais, o índice se estabiliza em 91,2 pontos.
“Depois da queda no mês anterior, a confiança dos consumidores volta a subir, influenciada tanto pela melhoria da percepção sobre a situação actual como pelas expectativas para os próximos meses. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelas faixas de renda mais baixas. Nas médias móveis trimestrais, a confiança do consumidor reflete certa estabilidade e uma tímida melhora na média do segundo trimestre em relação ao último trimestre. Tais resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis de confiança mais satisfatórios e parecem estar ligados às limitações financeiras das famílias e às altas taxas de juros, evidenciadas pelos indicadores da situação financeira atual e da intenção de compra de bens duráveis, que apesar da melhora no mês, permanece em níveis pessimistas”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, em comentário ao relatório.
Em junho, o aumento da confiança ocorreu tanto nas expectativas em relação aos próximos meses quanto nas avaliações sobre a situação atual. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 2,6 pontos, para 98,1 pontos, recuperando parte da queda do mês anterior.
No mesmo sentido, o Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 1,0 ponto, para 81,6 pontos, maior nível desde novembro de 2023 (82,0 pontos).
Entre os itens que compõem o ICC, o que mede a dinâmica das compras de bens duráveis foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança no mês, avançando 5,2 pontos, para 84,0 pontos, após queda mais significativa no último mês.
O aumento também foi observado nos indicadores que medem as perspectivas para a situação futura da economia e para as finanças futuras das famílias, que avançaram 2,0 e 0,3 pontos, para 110,3 e 100,4 pontos, respectivamente. Contudo, ambos também não conseguiram recuperar a queda registada em maio.
A melhora nas avaliações do momento foi observada na percepção das finanças pessoais das famílias, onde o indicador avançou 2,2 pontos, para 71,5 pontos, o maior nível desde novembro de 2023 (73,6 pontos). No sentido inverso, apenas o indicador que mede a percepção da economia local variou negativamente, em 0,3 pontos, para 92,0 pontos.
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