Quando um investidor começa a se aventurar no mercado financeiro, logo se depara com os chamados dividendos. Em outras palavras, uma “parcela” do lucro da empresa que é distribuída aos acionistas. Esse tipo de remuneração atrai desde os mais conservadores, que veem nela uma forma de obter “renda extra”, até os mais ousados, que se empenham em tentar encontrar “bons pagadores” escondidos no bolso.. Mas afinal, como funciona o recebimento de dividendos e, claro, como ganhar dinheiro com eles? O Valor Investe reuniu tudo o que você precisa saber sobre o assunto em cinco perguntas.
Primeiro, você precisa ter em mente que Os dividendos nada mais são do que uma parte do lucro da empresa que é dividida entre os acionistas. E eles são pagos por ação. Assim, quanto mais ações de uma empresa o investidor tiver, mais ele ganha em dividendos.
Embora a Lei das Sociedades por Ações, que trata das empresas listadas em bolsa, estabeleça que todas as empresas devem fazer essa distribuição, ela não é obrigatória. Portanto, nem todas as empresas distribuem parte dos seus lucros aos seus acionistas.
Há empresas que optam por não distribuí-los, mas essa decisão deve ser informada aos acionistas em assembleia.
Geralmente, quando uma empresa opta por não distribuir parte do seu lucro é porque vai reinvestir esse dinheiro no seu negócio para fazê-lo crescer e, assim, lucrar mais. Depois, esse valor poderá ser usado, por exemplo, para construir novas unidades fabris, comprar empresas menores ou abrir novas lojas. Isto não significa, contudo, que tal decisão prejudique o acionista. Afinal, o investimento feito pela empresa com esse dinheiro tende a gerar benefícios para a empresa e, assim, o investidor pode ganhar com a valorização das ações daquela empresa.
Outro ponto importante a ser destacado é que, assim como a decisão de distribuir ou não dividendos cabe à empresa, o percentual do lucro que será destinado aos acionistas também fica por sua escolha. Mas isso precisa ficar claro para os investidores. Caso os acionistas não sejam informados como e quanto será distribuído, a empresa é obrigada a pagar 50% dos lucros. Mas o mais comum entre as empresas brasileiras é a distribuição de 25%.
Além dos dividendos, as empresas também podem optar por distribuir Juros sobre Capital Próprio (chamados JCP). Neste caso, porém, o investidor tem 15% de imposto de renda retido na fonte. Esse percentual foi debatido no Congresso e alguns parlamentares defenderam um aumento de 20%. Mas até agora isso não aconteceu.
2. Mas afinal quem tem direito ao dividendo?
Todos os acionistas que detêm ações da empresa na chamada Data Ex-Dividendo recebem dividendos. A famosa “Ex-Data” é uma data “agendada” pelo Conselho de Administração da empresa que define o prazo que o investidor precisa ter as ações para receber.
Na prática, os conselhos de administração das empresas divulgam quanto, em dividendos, a empresa pagará por ação, qual será a data de pagamento e qual será o prazo para o acionista ter aquela ação em sua carteira e obter o direito ao recebimento do dividendo. Caso o acionista tenha adquirido aquele papel no dia seguinte à Data Ex, não receberá os dividendos daquele mês, trimestre, semestre ou ano.
Mas preste atenção! Se o seu plano é comprar uma ação da Data-Ex para receber os dividendos e depois vender as ações, saiba que você estará “trocando seis por meia dúzia”. Isso porque a ação sofre um “ajuste” automático quando a empresa distribui dividendos. Imagine: se a ação vale R$ 20 e cada um recebe R$ 5 por dividendo, no dia do pagamento o investidor receberá esses R$ 5, mas sua cota passará automaticamente a valer R$ 15.
3. Como o investidor é remunerado?
Caso o investidor possua ações daquela empresa em sua carteira na Data-Ex, ele terá direito ao recebimento de dividendos, que cairá automaticamente na conta da corretora por meio da qual o investidor adquiriu as ações. A partir daí, ele pode transferir o dinheiro para o seu banco ou reinvestir esses valores, seja em ações da própria empresa ou em outros ativos.
Vale destacar que A frequência com que os dividendos serão distribuídos também é de responsabilidade da empresa. Os lucros das empresas são calculados e publicados trimestralmente, mas a empresa decide se quer distribuir todos os meses, todos os trimestres, todos os semestres ou mesmo apenas anualmente.
4. Pago imposto de renda para recebê-los?
Não. Os dividendos são isentos de imposto de renda no Brasil. Pelo menos por enquanto. Afinal, o assunto já foi discutido algumas vezes no Congresso.
Apesar da isenção, o investidor precisa lembrar que paga impostos para investir em ações, como a taxa de corretagem, o Imposto sobre Serviços (ISS) e a taxa de custódia. Além disso, pessoas físicas que lucram mais de R$ 20 mil em um mês com investimentos em ações também pagam Imposto de Renda.
5. Como saber se uma empresa é “boa pagadora” ou não?
Para quem fica de olho nos dividendos, um indicador muito comum que deve ser monitorado é o “rendimento de dividendos” de uma empresa. Mostra o percentual dos lucros que a empresa distribuiu ao longo do ano em relação ao valor da ação.
Então, se uma empresa distribuiu lucro de R$ 1 por ação nos últimos 12 meses e sua ação custa R$ 100, isso significa que o rendimento de dividendos é de 1%.. No Brasil, um rendimento de dividendos de 5% é considerado médio. Já 10% é considerado alto.
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