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“Estou numa situação complicada com o meu líder. Ultimamente ele tem proposto alguns projetos que, na minha opinião, não fazem muito sentido para a nossa área. temos que correr riscos, mas sinto que estamos perdendo tempo, enquanto poderíamos nos dedicar a outros projetos, como posso dizer ao meu chefe que as ideias dele não são boas, sem ofendê-lo?” Engenheiro agrônomo, 38 anos
Olá, queridos! Espero que você esteja bem!
Não tem como fazer omelete sem quebrar os ovos, né?!
Queremos alcançar um determinado resultado, mas na maioria das vezes não queremos lidar com o consequências do que queremos. E isso nos coloca em sofrimento psicológico.
Minha hipótese teórica sobre por que não podemos ser transparentes ao nos posicionarmos em situações com as quais não concordamos é a busca pela evitação de conflitos, que está ancorada na idealização.
A idealizaçãona teoria psicanalítica, é um mecanismo de defesa que consiste em atribuir qualidades perfeitas ou quase perfeitas a outras pessoas, como forma de evitar ansiedade ou sentimentos negativos como desprezo, inveja ou raiva. Portanto, a preocupação da nossa leitora é encontrar uma forma – que não seja a honestidade e a transparência – de dizer ao seu chefe que suas ideias não são tão boas.
Queremos sempre agradar porque queremos ser amados e aceitos. Aprendemos isso na primeira infância e levamos isso para outras fases de nossas vidas. Se não trabalharmos com muita responsabilidade na terapia, corremos o risco de moldar uma vida incoerente onde pensamos uma coisa e falamos/agimos de forma oposta.
E o resultado desta incongruência é o fortalecimento desta atmosfera cínica que vivemos nas empresas, nos lares, nas igrejas, na política, etc.
Tudo isso é orquestrado pelos papéis sociais e dentro do papel social de subordinação espera-se que não haja divergências, críticas ou desobediências. Portanto, não dizemos o que pensamos para quem tem o poder de manter ou não o meu sustento.
Um padrão de poder e domínio, herdado pela colonização deste país, ainda está muito vivo.
Na história da humanidade, as grandes revoluções que provocaram transformações socioeconómicas e culturais vieram da base, porque é aí que acontece o desconforto!
Para que mudanças aconteçam precisamos ser subversivos. E ser honesto com as pessoas com quem convivemos, dizer o que realmente pensamos, com muito respeito e amor, é o maior ato subversivo para esta geração.
Resumindo: caro leitor, ligue para seu chefe para compartilhar uma ideia sincera!
Com sinceridade e amor,
Daniel Jesus É psicóloga, ativista, idealizadora do Currículo Oculto e apaixonada por cultura, gestão de pessoas, diversidade, equidade e inclusão.
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Esta coluna tem como objetivo responder questões relacionadas às carreiras e situações vivenciadas no mundo corporativo. Reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza decorrentes do uso dessas informações.
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