Ainda temos um longo caminho a percorrer em termos de investimentos na formação de mão de obra altamente qualificada, além de desburocratizar para que as startups possam crescer cada vez mais em prol de um mundo melhor Greg Kelenke/Unsplash The deep tech market, popular startups science, o mundo está esquentando. Segundo relatório recente do Boston Consulting Group, há estimativa de que os investimentos nessas startups poderão chegar a até US$ 200 bilhões até 2025. No Brasil não é diferente. Somos um país com mais de 215 milhões de habitantes, com dimensões continentais e um grande potencial para transformar vários setores da economia através de soluções tecnológicas que não só resolvem problemas complexos, mas também desempenham um papel fundamental no desenvolvimento económico, social e sustentável. Além disso, as deep techs também dão origem a novas oportunidades de negócios. No sector agrícola, a biotecnologia, por exemplo, pode aumentar a produtividade e manter a qualidade dos alimentos face às adversidades e às condições ambientais. A Inteligência Artificial, neste caso, atua no lado da gestão, otimizando recursos e reduzindo desperdícios, com mais eficiência e eficácia. Não à toa, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o Brasil é uma potência agrícola global que exporta anualmente 91 milhões de toneladas de alimentos, além de tecnologias de pesquisa. Porém, o desenvolvimento de novas tecnologias exige maior investimento em mão de obra altamente qualificada, começando pela educação, passando pela formação de profissionais nas universidades e pela geração de empregos bem remunerados, atraindo grandes talentos dentro do país. Outro desafio é socioeconômico, que vai desde as desigualdades sociais até o meio ambiente. Mais recentemente temos visto que as mudanças climáticas, como as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul (RS), afetam dezenas de famílias, tanto econômica quanto socialmente. A tecnologia profunda tem potencial para oferecer soluções para este e outros problemas, como, por exemplo, tecnologias de energias renováveis e sistemas de drenagem de água para ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas e evitar tragédias. Estas startups também enfrentam dificuldades no acesso ao financiamento, dada a natureza do negócio que exige investimentos mais robustos e de longo prazo. Também é preciso haver menos burocracia e regulamentação para ajudar no crescimento destas empresas, que são importantes para a economia do país. Neste cenário, é fundamental que governos, empresas privadas, aceleradoras de startups e organizações sem fins lucrativos acreditem nos projetos e atuem em conjunto para impulsionar a deep tech. Apesar de tantos desafios, existem diversas oportunidades no Brasil para deep techs, pois temos tecnologias e produtos que são exportados para vários países, além de sermos referência em setores como o do agronegócio. Na verdade, ainda temos um longo caminho a percorrer em termos de investimentos na formação de mão de obra altamente qualificada, além de desburocratizar para que as startups possam crescer cada vez mais em prol de um mundo melhor. *Paulo Mendonça é Gerente de Relacionamento e Parcerias da Wylinka, organização sem fins lucrativos que transforma conhecimento científico em soluções e negócios que melhoram o dia a dia das pessoas e promovem o desenvolvimento econômico, social e sustentável no Brasil. De mais de 12 anos atuando no mercado de empreendedorismo e inovação, Paulo trabalhou por 9 anos na Wylinka, onde também ocupou cargos como líder de projetos e analista. Engenheiro de Produção, é especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e Gestão Empresarial. Mais lido
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