A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), o projeto de lei complementar (PLP) que institui o que vem sendo chamado de “mini-reforma eleitoral“. Um dos principais pontos é a flexibilização das regras de inelegibilidade previstas no Lei da Ficha Limpa, o que reduz o período em que o político fica impedido de disputar eleições.
O período de oito anos continua válido, mas alterar o método de contagem. De acordo com a legislação actual, um político que se torne inelegível fica impedido de participar em novas eleições durante o resto do mandato que teria de cumprir e só então teria início o período de oito anos.
Pelo texto aprovado pela CCJ, o prazo de oito anos começa a contar a partir da data de um dos quatro eventos: condenação por órgão colegiado; a decisão que decretou a perda do mandato; de eleição quando ocorreu prática abusiva, ou de renúncia ao cargo.
O projeto tem diversos autores, inclusive deputado federal Dani Cunha (União-RJ)em linha com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que é inelegível.
Além de alterar as regras de contagem do prazo, o texto também estabelece um limite máximo de 12 anos para a inelegibilidade. Atualmente não há teto previsto em lei.
A votação na CCJ foi simbólica e parlamentares aprovaram pedido para tramitação da proposta regime de emergência. O texto agora segue para o plenário.
O relator da matéria, senador Weverton Rocha (PDT-MA), manteve o texto já aprovado pelo Câmara dos Deputados e fez apenas ajustes editoriais. Portanto, caso o plenário aprove a matéria, a proposta irá ao Presidente da República para sanção.
Para o relator, o projeto aprovado na CCJ “corrige uma pequena distorção” no Lei da Ficha Limpa. “Às vezes por erro técnico, da administração, porque quem paga pelo erro não é contador, não é advogado, é o ex-prefeito, é o ex-gerente, ele, muitas vezes por conta incorreta , é condenado por um colegiado simplesmente à sua morte cívica e política e isso não funciona. É hipocrisia falar em prisão perpétua para quem cometeu qualquer tipo de erro no Brasil”, argumentou.
“Temos muitos casos concretos no Brasil em que uma pessoa é condenada a 10, 20, 30 anos sem poder exercer atividade parlamentar, atividade política e isso talvez esteja afastando da política muitos homens e mulheres que gostariam de colaborar” , reiterou o presidente da comissão, senador David Alcolumbre (União-AP).
O advogado Marlon Reisum dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, diz que a versão aprovada representa “violência” contra o povo e enfraquece a legislação.
“Da forma como o projeto propõe a contagem do tempo de inelegibilidade, nenhuma pessoa condenada por crimes de gravíssima gravidade será inelegível quando finalmente cumprida sua pena criminal, pois o ponto de partida será a data da condenação pelo colegiado”, afirmou em nota. comunicado divulgado nas redes sociais.
Ele também diz que a ideia de estabelecer um limite para um político ficar inelegível é absurda. “As sucessivas condenações precisam fazer com que o tempo de espera da candidatura seja igualmente estendido.”
Com informações da Agência Senado
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