A medida, nos bastidores, foi articulada como uma retaliação ao STF por parte dos parlamentares da oposição e do “Centrão”. A aprovação foi simbólica, com apoio de senadores e deputados sem registros nominais de votação, e só foi possível com a presença do senador Marcos do Val (Pode-ES) – que pela manhã foi alvo de operação ordenada pelo STF.
Os apoiadores do governo, incluindo deputados petistas, estiveram presentes durante a sessão e não se manifestaram – portanto, apoiaram a medida. O único que se manifestou contra foi o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que foi próximo de Dino enquanto ele era governador.
Silva afirmou que a rejeição parecia uma resposta política à decisão de um ministro do STF e que era o caminho errado a seguir. “Uma resposta baseada numa reação inoportuna não ajuda. Deveríamos ter uma resposta, se necessário, baseada na razão”, disse ele.
O deputado cabo Gilberto Silva (PL-PB) assumiu como relator e criticou o Judiciário brasileiro por ser “um dos mais caros do planeta”. “Não se trata de qualquer retaliação. Não é uma afronta. É uma questão de independência dos Poderes, baseada na técnica, na boa forma”, afirmou.
A MP foi publicada no dia 3 de julho para liberar R$ 1,3 bilhão para sete órgãos do Judiciário e para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte entendeu que o governo federal transferiu valores inferiores aos permitidos ao Judiciário e ao MP no teto de gastos e, por isso, determinou compensações. A maior parte do valor liberado será destinada ao pagamento do auxílio moradia.
O deputado Claudio Cajado (PP-BA), que foi relator do novo marco fiscal, argumentou que a MP deveria ser rejeitada para não criar precedente. “Esta MP mata o conceito de enquadramento fiscal”, acusou. “Colocar esse aumento fora do teto é um absurdo. Cria precedentes e outros Poderes poderão fazer o mesmo”, afirmou.
Segundo Silva, como as medidas provisórias entram em vigor automaticamente após serem editadas, a abertura de crédito extraordinário já ocorreu. Portanto, rejeitá-la será ineficaz do ponto de vista legislativo. “Não estamos interessados numa escalada que produza uma crise institucional. É necessária uma resposta política para afirmar o Parlamento, mas que seja eficaz, eficaz”, afirmou.
Cajado rebateu que o Judiciário terá que encontrar outras formas de financiar o pagamento do auxílio-moradia com o indeferimento. “Medida provisória para aumentar salários, e fora do teto? Isso não existe. Se rejeitarmos a MP, eles continuarão com o aumento salarial, mas terão que cortar gastos para acomodar esse gasto. O que não podemos é ter regras fiscais desrespeitadas, seja no Judiciário, no Legislativo ou no Executivo”, afirmou.
Apesar das declarações, o parecer do CMO é uma indicação para o plenário e pode ser alterado – ou mesmo colocado em votação. Para que a rejeição da MP de fato ocorra é necessária a votação do plenário da Câmara dos Deputados.
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