O Brasil encerrou o primeiro dia completo de competição sem medalhas e com uma série de derrotas dolorosas nos Jogos Olímpicos de Paris. O país viu frustrada sua maior esperança de um pódio na natação, o vôlei masculino perdeu na estreia pela primeira vez desde 1996 e a ginástica masculina perdeu uma esperada final.
Sem pódios no início de Paris-2024, o Brasil ficou atrás no desempenho de duas das três Olimpíadas mais recentes. Tanto em Londres 2012 quanto no Rio 2016, o país conquistou medalhas pelo menos uma vez no dia seguinte à cerimônia de abertura.
Principal chance de medalha do Brasil neste sábado (27), o nadador Guilherme Costa, conhecido como Cachorrão, terminou a final dos 400 metros livre na quinta colocação nas Olimpíadas de Paris.
O carioca fez uma prova forte e, com o tempo de 3min42s76, quebrou o recorde das Américas. A desvantagem do brasileiro para o terceiro colocado, o sul-coreano Woomin Kim, foi de apenas 0s26.
O Cachorrão não começou bem, mas melhorou o desempenho na parte final e ficou em quarto lugar. “Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que são o meu ponto forte”.
Uma medalha do Cachorrão traria pouca esperança aos brasileiros que viveram um sábado de eliminações e derrotas.
Anteriormente, as esperanças de uma medalha de esgrima para Nathalie Moellhausen terminaram em drama. A atleta de 38 anos passou mal na parte final do duelo de estreia. Ela pediu atendimento médico e acabou sentada no chão.
Moellhausen voltou ao combate, mas perdeu para o canadense Ruien Xiao, de 16 anos. Horas antes do evento, a esgrimista revelou que havia sido diagnosticada com um tumor benigno no cóccix.
Ela deverá passar por uma cirurgia na segunda-feira (29). Às vésperas da estreia, Moellhausen, que mora e treina em Paris, publicou uma mensagem em inglês, assinada pelo Team de Nathalie.
O texto dizia que “uma estranha brincadeira do destino dificultou recentemente sua jornada olímpica, devido a um grave problema de saúde, exigindo internação de emergência, da qual só teve alta esta semana”.
A participação brasileira no judô também não durou muito. Michel Augusto até venceu sua primeira luta, contra o costarriquenho Sebastian Sancho, mas caiu nas oitavas de final para o japonês Ryuju Nagayama, na categoria até 60 quilos.
A judoca Natasha Ferreira (até 48 quilos) foi derrotada pela japonesa Natsumi Tsunoda em menos de um minuto. “A luta que termina em um minuto é muito triste, mas tenho certeza que não é o fim”, disse o brasileiro.
Newsletter Paris-2024 Um guia diário do que aconteceu e vai acontecer nos Jogos Olímpicos da França *** Outra má notícia deste sábado foi o ginasta Arthur Nory, medalhista de bronze nos exercícios de solo nos Jogos Rio 2016, que apostou todo o seu dinheiro em fichas a barra fixa, mas cometeu um erro na execução de sua série e não se classificou para a final. Campeão mundial da prova em 2019, o paulista foi a Paris competir apenas na barra fixa.
Nory foi às lágrimas com a eliminação precoce. “Quem acompanha o esporte sabe o quanto levo uma surra, uma expectativa muito grande, mas nada vai apagar a história que fizemos”, disse ela.
Diogo Soares, outro ginasta brasileiro em Paris, se classificou para a final do individual geral. Obteve nota 81.999 nos seis aparelhos – argolas, salto, barras paralelas, barra fixa, exercício de solo e cavalo.
Soares terminou o primeiro dia em 19º lugar – os 24 primeiros vão à final. Aos 22 anos, também foi finalista em Tóquio.
Outro destaque da delegação brasileira em todos os Jogos, a seleção masculina de vôlei perdeu para a Itália por 3 sets a 1 (25/23, 27/25, 18/25 e 25/21) na estreia do técnico Bernardinho. Tricampeão olímpico, o Brasil não perde na primeira fase dos Jogos desde 1996.
“Precisávamos acreditar um pouco mais. Estou frustrado por não conseguir colocar a galera em situações onde tenhamos plena capacidade de lutar”, disse Bernardinho. O próximo desafio da seleção será contra a Polônia, na quarta-feira (31), às 4h (horário de Brasília).
Sem tanto alarde quanto a equipe de Bernardinho, a seleção masculina de basquete entrou em quadra como azarão contra a França, a anfitriã. Mas a descrença – a seleção brasileira se classificou poucos dias antes dos Jogos – deu lugar à esperança após um início de jogo devastador de Marcelo Huertas e seus companheiros.
No decorrer do jogo, porém, a França dominou as ações, virou o jogo e venceu por 78 a 66. O Brasil volta a quadra contra a Alemanha na terça-feira, às 16h (horário de Brasília).
Na canoagem, Ana Sátila chegou à semifinal da canoagem, ficando em 13º lugar – as 16 melhores avançadas. A decisão será neste domingo, às 10h30 (horário de Brasília).
Por outro lado, o segundo representante do país na modalidade, Pepê Gonçalves, ficou de fora da próxima fase da prova individual de canoagem. Ele foi apenas 18º entre 20 competidores.
Agora, o Brasil buscará, no segundo dia de disputa de honras em Paris, igualar o tempo que levou para “medalhar” na Olimpíada mais recente, Tóquio-2020, realizada em 2021 devido à pandemia do coronavírus.
No Japão, o skatista Kelvin Hoefler conquistou a prata nas ruas. É a mesma categoria em que competirá Rayssa Leal, de 16 anos, também prata em Tóquio e com maiores chances de pódio.
Se o Brasil falhar novamente, na melhor das hipóteses poderá ganhar medalhas no terceiro dia após a cerimônia de abertura, mesmo resultado de Atenas-2004 (bronze no judô com Leandro Guilheiro) e Pequim-2008 (bronze com o judoca Guilheiro, novamente e Ketleyn Quadros).
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