Consumidores brasileiros agora podem acessar inteligência artificial (IA) no seu dia a dia por meio de produtos e serviços. O mesmo acontece para o Tecnologia 5G. Mas o investidor brasileiro tem um caminho um pouco mais longo para buscar exposição a ativos vinculados ao padrão tecnológico quinta geração para redes móveis e de banda larga, bem como ações de companhias telefônicas neste setor. Ainda assim, existem possibilidades. Veja os motivos para acreditar nesta tese de investimento, e os cuidados na hora de escolhê-la.
“O 5G tem uma associação muito forte com a inteligência artificial porque precisa dela para lidar com o enorme fluxo de dados. Se a IA é a mina de ouro, o 5G é a ferramenta para mineração“, diz Lucas Vargasanalista em Warren.
Apesar da atração, o especialista observa que os olhos dos investidores estão voltados para ascensão da indústria de IA, quem foi capaz de carregar o Bolsas de valores americanas a níveis invejáveise movimentar R$ 1,3 bilhão na B3, a bolsa brasileira, em ETFs (Fundos negociados em bolsa, fundos de índice) e BDRs de ETFs (recibos representativos de ETFs negociados em bolsas estrangeiras) no primeiro semestre deste ano. Mas Há razões para ter cuidado com o 5Gdiz o analista Warren.
E por que vale a pena prestar atenção ao tema?
Vargas cita possibilidade de conectividade em massa e velocidade de comunicação (baixa latência) da rede 5G. Outra razão é o número de pessoas que se espera que utilizem os serviços num curto período de tempo.
O Ericsson projetos que, Até 2029, haverá um total de 5,3 mil milhões de assinantes de serviços 5G em todo o mundo. Na América Latina estima-se que existam 400 milhões de usuários, mais de 14 vezes o total estimado no ano passado (28 milhões)de acordo com o relatório “Relatório de Mobilidade Ericsson 2024”.
Outro estudo, de Bain & Companhiaindica que Os Estados Unidos e a Índia terão o maior número de usuários 5G em 2027: 328 milhões e 323 milhões, respectivamente. O Brasil, por sua vez, teria o ritmo de crescimento mais rápido entre os 19 países analisados: 79% ao ano, em média, para o período de 2023 a 2027. A estimativa é que o total de clientes conectados à rede 5G no país chegue a aproximadamente 100 milhões até o final do período.
De acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um total de 5.002 municípios já podem contar com 5G na faixa de 3,5 GHz. O licenciamento e ativação de estações 5G pelos prestadores visa atendendo aproximadamente 201,7 milhões de brasileiros, o que corresponde a pouco mais de 94,5% da população brasileira.
E quais empresas se beneficiam com tudo isso?
Breno Kehlersócio e consultor de investimentos da Ável, citar empresas que têm a tecnologia no centro de seus negócios, como fabricantes de equipamentos, como Ericsson, Nokia, Huawei; empresas focadas em semicondutores, como Nvidia e Broadcome em telecomunicações, como Verizon e AT&T; além de plataformas gigantes como Amazon e Google. “Todos São empresas que parecem saudáveis, com capacidade de caixa para fazer investimentos e que estão na vanguarda dessa tecnologia”.
Aqui no Brasil as opções são drasticamente reduzidasmas ainda assim você pode tentar beliscar um pouco da onda. No segmento de telecomunicações, com Vivo e Time os chamados ISPs (provedores de serviços de Internet): Brisanet, Unificar e Área de trabalho. Segundo Vargas, de Warren, as telecomunicações passam por um bom momento operacional e estrutural após a recuperação judicial de Eio que deixou o setor mais instável. “São empresas que estão conseguindo repassar os preços ao consumidor, gerando caixa e demonstrando capacidade de controlar as dívidas em níveis aceitáveis.”
Entre os provedores regionais de internet, que estrearam na bolsa em 2021, há sinais interessantessegundo o especialista. O Brisanetpor exemplo, está concentrando sua atuação nas regiões Norte e Nordeste, onde o acesso por habitante ainda é menor. “A empresa está capturando essas necessidades de conectividade 4G e 5G e também avançando com suas concessões em Goiás. Nós notamos boa governação, com pessoas qualificadas e capacidade financeira”, comenta.
De acordo com os dados do balanço do 2.º trimestre de 2024, A Brisanet somou 36,6 mil clientes, servindo assim 1,36 milhões de clientes com banda larga fixa. No segmento móvel, as adições foram de 73,2 mil clientes, atingindo 128,4 mil clientes na base ao final de junho de 2024. A empresa estima encerrar 2024 com cobertura de internet 4G e 5G para mais de 230 municípios até o final do anooferecendo seus serviços para uma população de mais de dez milhões de habitantes. A empresa também espera aumentar a população atendida pela sua banda larga fixa e infraestrutura 5G em cerca de nove milhões de habitantes.
Já o Desktop demonstrou capacidade de expansão geográfica por meios orgânicos (usando estrutura de torre própria) e altos níveis de lucratividade, observa XP em análise assinada por Bernardo Gutmannlíder na área de Telecom, e Marco Nardinianalista.
Apesar de terem reduzido a estimativa de adição líquida de novos clientes por mês este ano de 15 mil para 9 mil, mencionam que a empresa reportou resultados sólidos no 2º trimestre, com lucro líquido acima das expectativasindicando maior penetração da rede existente. Além disso, Desktop converteu 83% do seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no fluxo de caixa operacional recorrente no período.
Entre as operadoras de telefonia, Tim é a principal escolha no setor XP. A plataforma de investimento observa que a empresa tem trabalhado para melhorar continuamente a qualidade da rede 5Gsendo reconhecido por OpenSignaluma empresa global independente de análise móvel, como a empresa com maior índice de qualidade entre as operadoras de redes móveis. Tim oferece serviço móvel em 18 das 27 unidades federativas e ocupa o primeiro lugar em cinco dos dez principais estados. O corretor recomenda comprar Tim com preço alvo de R$ 24.
Com o cardápio bastante reduzido aqui, Investidores brasileiros podem diversificar seu portfólio comprando ações estrangeiras por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são títulos negociados na bolsa de valores brasileira (B3) e “espelham” essas ações. Outra forma é através de ETFs (Exchange Traded Funds), que são fundos geridos passivamente, também disponível na bolsa de valores brasileirae que replicam índices de mercado.
Alguns desses fundos disponíveis no mercado são oferecidos por eu invisto. Cauê Mançararesexecutivo que chefia o gestor do ETF, explica que o tema está no portfólio da casa desde 2022. Desde entãoo gerente observa um aumento maciço na adoção de tecnologia nos Estados Unidos, China, Coreia do Sul, seguido de perto pelos países europeus e depois pelo Brasil, confirmando as projeções do mercado.
No momento, o gerente oferece três teses de investimento relacionadas ao 5G: semicondutorestecnologia e mercado imobiliárioe neste último, 30% do portfólio está em empresas que lucram com aluguel de imóveis para data centers e torres de celular. O ETF de tecnologia começa em R$ 15 por ação e o ETF de semicondutores começa em R$ 100 por ação.
“Dentro desses ETFs estão empresas que estão na corrida da inteligência artificial e também empresas da cadeia 5G, que inclui semicondutores, data centers, empresas de telecomunicações, Reits, que são primos americanos dos fundos imobiliários brasileiros e que lucram com desde o aluguel de terrenos até empresas que exploram a cadeia 5G”, afirma.
Kehler, do Ável Investimentosdefende o que o investidor procura esse tipo de fundo que tem como referência o índice Nasdaq 100 (onde as ações de tecnologia geralmente são listadas). “Os ETFs de tecnologia e segurança cibernética podem aproveitar bem a onda de ganhos 5G. Outros cenários temáticos, como carros elétricos, também são interessantes”.
Um aspecto que sempre ronda as teses de investimento em tecnologia é a possibilidade de bolha. O medo tem razão. Foi isso que aconteceu no início dos anos 2000 com a bolha da internet (também chamada de bolha “pontocom”), quando houve um crescimento exponencial de investimentos em empresas web nativas, mas que não necessariamente possuíam um modelo de negócios sustentável.
Na avaliação de Kehler, da Ável, este não é o caso do 5G. “A tecnologia já começa a influenciar empresas focadas em Internet das Coisas (IoT)a realidade aumentada e a indústria automóvel, revelando-se uma alavanca para o crescimento económico em geral. Mesmo no Brasil, que é importador de tecnologia, há expectativas de avanço em diversos setores”.
Mesmo assim empresas de tecnologia são ativos mais arriscadosseja pelas questões inerentes ao seu desenvolvimento, seja pelo risco sistemático do mercado de renda variável, que responde rapidamente a qualquer sinal de aperto monetário e exerce maior pressão sobre as empresas do setor.
Diante disso, Mançanares considera que, entre As vantagens dos ETFs são a mitigação de riscos. Isso é porque Os ETFs devem respeitar um limite de “peso” para cada empresa dentro do fundo para que não haja muita exposição a um determinado negócio e seus riscos. Outro aspecto é que esse investimento permite a exposição a todo um segmento e não apenas a algumas ações.
Além disso, ter visão de longo prazo e não sucumbir à volatilidade dos ativos no curto prazo é fundamental, reforça Mançanares, da Investo. “Investimento em ativos ligados a tecnologias como inteligência artificial e 5G não deve ser feito com recurso que será demandado dentro de um ano. É necessário ter clareza sobre a manutenção contribuições por pelo menos cinco anos para buscar valorização exponencial. Portanto, o retorno total do patrimônio será em dólares e seu dinheiro estará vinculado a tecnologias que só serão mais utilizadas daqui para frente”.
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