LEIA TAMBÉM
O melhor investimento atualmente está no Tesouro Direto, diz gerente da ASA
Velhos conhecidos da bolsa fazem a cabeça dos gestores
Quero dizer, pelo menos não em qualquer renda fixa.
Para começar porque a dinâmica da economia no segundo semestre deste governo deverá exigir uma taxa básica de juros mais elevada para controlar a inflação. Os gestores sabem disso e já veem a Selic nesse caminho.
Mas os preços dos ativos no mercado brasileiro orbitam com a Selic em 12%.
E há uma chance de que essa projeção esteja subestimada, segundo alguns especialistas. Para eles, o nível ideal para a Selic no curto e médio prazo seria acima de 12%. Caso isso se confirme, o ajuste deverá trazer mais volatilidade às taxas dos títulos de renda fixa.
A discussão foi conduzida no painel “Cenário atual e renda fixa: do macro ao micro”, durante o Expert XP deste ano. Nos seus discursos, os economistas-chefes Fernando Gentado Ativo XPe Luciano Sobraldo Neo Investimentoseles disseram preocupado com o recorde de emissões de dívida corporativa neste ambiente.
“Acredito que o actual prémio de risco fiscal ainda não foi totalmente incorporado nos activos. Essa projeção de 12% para Selic inclui basicamente o Banco Central [BC] fazendo o trabalho para compensar o desequilíbrio nas contas públicas no longo prazo. E Isto pode causar reajustes nos contratos futuros de taxas de juros na extremidade longa da curvao que pode ser uma oportunidade e uma armadilha para quem investe em renda fixa”, reflete Sobral.
Genta coloca outras questões em cima da mesa, como a recepção do quadro fiscal pelo agências de classificação de riscoo que, em sua opinião, causou um “otimismo excessivo” – embora essa euforia tenha ficado para trás.
“Temos um dívida pública deverá crescer entre 3% e 4% ao anodado que a coleção atingiu o teto. Assim, o governo pode precisar levantar mais do mercado, e isso faria com que as taxas do Tesouro subissem. Num ambiente de taxas de juros reais (juros nominais menos inflação) mais elevadas também nos Estados Unidos, temos uma narrativa global persistente de taxas de juros acima dos níveis históricos em todos os mercados”, reflete o economista-chefe da XP.
O risco na renda fixa hoje
“O cenário é complicado. Já temos taxas de juros que não chegaram aos dois dígitos e vão aumentar agora, um ano depois de terem começado a cair. Quer dizer, o custo do capital no país aumentará. Nesse contexto, Parece ‘louco’ volume colossal de captura que estamos tendo no mercado primário. As empresas estão contraindo mais dívidas – e agora estão ainda mais caras”, diz Sobral.
O ano de 2024 é marcado por recorde de emissões em debêntures de infraestrutura e de certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCA)além da corrida dos investidores pelos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e agronegócio (CRAs), cartas de crédito imobiliário (LCI) e para o agronegócio (ACV) após restrições impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
“No caso dos incentivadospara o qual há muita demanda, Existem até empresas emissoras que podem emitir títulos com baixo spreads [diferença entre a taxa de remuneração do papel contra a taxa de retorno em um ativo comparável no Tesouro ou em outra classe]. Isso cria uma distorção”, acrescenta.
Exemplificando o raciocínio de Sobral: emissão de debêntures incentivadas (isento de imposto de renda, portanto) com prazo superior a 10 anos e remuneração de CDI mais 2%, pode parecer um produto de baixo risco numa leitura superficial.
Mas o que acontece é que, às vezes, o risco passa para o lado do investidor. A maior procura do mercado nestas classes provocou uma “’amassar”nas taxas de retorno, que, portanto, não refletem mais o risco de crédito do seu emissor.
Nesse caso, uma empresa com classificação B poderia pagar muito próximo de uma classificação A (que oferece um risco de inadimplência muito baixo).
Para ele, isso tem passado despercebido por investidores e consultores, o que significa que Muitas pessoas estão “contratando” produtos menos adequados ao seu perfil e incorporando risco ao seu portfólio sem saber.
“Para aqueles fundos de crédito privados, a situação é ainda pior. O gestor tem capacidade de avaliar e gerenciar esse risco, mas não tem motivos para entrar nessas funções com remuneração menor”, finaliza.
Na perspectiva setorial, Genta chama a atenção para incerteza sobre o ritmo da economia da Chinaqual afeta diretamente a demanda por commodities e portanto o faturamento dos exportadores brasileiros. Este cenário acrescenta uma camada de risco que também contorna a renda fixa privada, especialmente entre produtos com vencimentos de longo prazo (os chamados “carry papers”).
“Entre os produtores de proteínao caso é ainda mais crítico, porque Estas empresas estão a emitir obrigações com spreads inferiores aos de NTN-B (Tesouro IPCA+). Se olharmos para as classes incentivadas, as taxas podem ser ainda menores”, alerta o economista-chefe da XP Asset.
Talita Luizsócio fundador da Quatro Investimentosdiz que Não é hora para invenções no portfólio de ativos. “Temos conhecimento e trabalhamos com nossos clientes para proteger a carteira em dólar, mantendo uma posição relevante em renda fixa. Neste sentido, a diversificação continua a ser fundamental: prefixar títulos públicos e possuir títulos do Tesouro IPCA+. Também trabalhamos arduamente na mensagem de que há muitas oportunidades de alocação em renda fixa nos EUAque está em um momento histórico.”
Genta reforça que o cenário atual ainda é ruim para traçar perspectivas ou revisitar projeções, por isso evita falar em tendências ou alocação.
“Mas hoje, estamos ‘zerados’ [sem investimento] em troca na XP Asset. E acho que isso responde à minha convicção sobre esse curto prazo. Ainda não temos certeza sobre o efeito da alta da Selic na moeda.”
juros emprestimo bancario
simular emprestimo pessoal itau
emprestimo aposentado itau
quem recebe bpc pode fazer financiamento
empréstimo caixa simulador
quanto tempo demora para cair empréstimo fgts banco pan
empréstimo consignado do banco do brasil