Agosto deu continuidade à tradição de um mês de desgosto no mercado de criptomoedas, mas deixou um viés de otimismo em torno dos ativos de risco, com expectativa de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos.
O Bitcoin (BTC), maior representante do segmento em capitalização de mercado, começou o mês valendo US$ 65 mil, caiu para US$ 49 mil na primeira semana, mas se recuperou no último fim de semana, acima dos US$ 64 mil, impulsionado justamente pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, de que está chegando a hora de cortar os juros.
Ao final do período, o bitcoin registrou queda de 10%, sendo negociado nesta sexta-feira (30), a US$ 59,5 mil. Em 12 meses, porém, acumula alta em torno de 118%.
O etéreoo segundo maior criptoativo em valor de mercado, está com desvalorização acumulada de quase 25%, sendo negociado a US$ 2.500. Esses pouco mais de 30 dias que se seguiram ao início das negociações dos ETFs no mercado americano ainda não trouxeram a valorização que se esperava (muito pelo contrário), na direção oposta ao forte movimento de alta que marcou o mesmo período após os ETFs terem sido lançado. de bitcoin nos EUA.
Em 12 meses, também segue positivo, com ganho acumulado de 46%.
Porém, também neste caso, é a taxa de juros americana que poderia ditar a direção do preço do ethereum – e de praticamente todas as outras principais criptomoedas do mercado.
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Um sinal aqui e ali, a partir de declarações de membros do comitê de política monetária do Fed e de dados sobre inflação e atividade econômica, foi percebido pelos agentes de mercado para tomarem a decisão de iniciar a redução das taxas. Mas nada foi tão concreto bem como as palavras do presidente do BC americano. Embora tenha sublinhado que os dados da inflação confirmarão a decisão.
“Sem dúvida, a política monetária dos Estados Unidos tem sido e tende a continuar sendo o principal ponto de atenção dos investidores não só em criptomoedas, mas também no mercado de ações”, destaca. Beto Fernandesanalista em Foxbit.
Fernandes destaca que a última leitura da inflação para o consumidor norte-americano mostrou maior controle de preços por parte do Fed, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho abandonou a perspectiva de superaquecimento. “Para os investidores, isso trouxe um alívio e uma projeção mais precisa sobre o corte dos juros na reunião de setembro”, afirma.
As apostas aumentaram ainda mais depois dos discursos de Powell, na última sexta-feira (23). “Aqui, sim, a especulação deu lugar a um ambiente mais viável com as autoridades a indicarem que chegou o momento de flexibilizar a política monetária para não perturbar a economia”, reforça Fernandes.
A nova divulgação de dados até 17 de setembro, data que marca o início da reunião do comité de política monetária da Fed, não deverá alterar a decisão de corte, mas “servirá de orientação para o mercado compreender a intensidade dos cortes”, considera Fernandes, de 0,25 ou 0,5 pontos percentuais e também a regularidade das reduções.
“O facto é que toda esta projeção traz um maior apetite pelo risco, à medida que os títulos norte-americanos se tornam menos atrativos a uma taxa de juro baixa”, explica o analista da Foxbit. “Enquanto isso, as ações de risco e as criptomoedas ganham força com o aumento do fluxo de capital.”
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Do lado negativo, Fernandes afirma que ainda pode trazer algum peso ao bitcoin, especificamente, o fato de tanto o governo norte-americano quanto a extinta exchange Mt. Gox movimentarem uma quantia considerável em agosto.
“A tendência é que esses tokens sejam vendidos, o que aumentará a liquidez e fará frente à oferta atual, que ainda cresce”, afirma. “Como vimos no passado, se as condições externas, como a política monetária dos EUA, não forem favoráveis ao risco, poderemos ver uma pressão ainda maior dos vendedores sobre o preço do bitcoin.”
Ana de Mattosanalista técnico e operador parceiro de Ripiouma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina, acrescenta ainda outro fator que deve afetar o mercado de criptoativos: as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
“Donald Trump, candidato presidencial, já manifestou diversas vezes seu apoio às criptomoedas”, destaca Mattos. “Se ele for eleito, especula-se que os EUA poderiam adotar uma postura mais pró-bitcoin, o que teria um impacto significativo no mercado.”
Ela lembra que, tradicionalmente, o mês de setembro não é caracterizado por um período de ganhos para o bitcoin. Contudo, “depois de um longo período de subida das taxas de juro, a expectativa de corte em setembro é especialmente relevante para os ativos de rendimento variável”, reforça.
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