O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu reduzir o prazo de resgate das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) de 12 meses para nove. A mudança corrige uma assimetria entre o prazo desses títulos e o das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) instituídas no início do ano, quando novas regras para diversos títulos incentivados começaram a valer.
Em nota, o Banco Central (BC) informou que a decisão desta quinta considerou que as LCI são títulos que possuem relação de risco e retorno semelhante às LCAs e que seu prazo deve ser equalizado. O CMN considerou que “os investidores têm preferência pela liquidez e que prazos diferentes trariam condições desfavoráveis para as instituições que atuam no mercado imobiliário”.
Durante a manhã, o diretor de regulação do BC, Otávio Damaso, participou de evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e disse que as mudanças de fevereiro foram feitas “cirurgicamente”, mas que talvez “temos uma perna errada”, que foi justamente a assimetria dos prazos de resgate de LCIs e LCAs.
No mesmo evento, o presidente da Abecip, Sandro Gamba, defendeu que o restabelecimento das regras de emissão de LCI é “essencial” para o desenvolvimento do crédito imobiliário. Além de ampliar os prazos de resgate, a norma de fevereiro proibia a captação de recursos para crédito imobiliário lastreado em operações de crédito garantidas por alienação fiduciária ou hipoteca concedida a pessoas jurídicas.
Para Gamba, as LCI, bem como as Letras Imobiliárias Garantidas (LIG), foram importantes para a transição de um modelo de financiamento imobiliário dependente apenas da poupança para um cenário de complementaridade com outras fontes, como instrumentos bancários e do mercado de capitais. “O LCI foi fundamental, mas houve o impacto das mudanças de regras. Em termos de IRC [certificados de recebíveis imobiliários]o ajuste foi positivo, mas vimos que em termos de LIG e LCI o impacto foi revertido”, disse.
O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Romero Gomes de Albuquerque, disse que um dos impactos das mudanças nas regras do LCI foi o aumento do custo do financiamento imobiliário. Para ele, as regras impostas pelo CMN visavam corrigir alguns “exageros”, como a emissão de CRIs por empresas de fora do setor, mas acabaram afetando os LCIs.
“O banco precisa pagar um pouco mais de prêmio porque está alongando o papel”, explicou o executivo. “A mudança nas regras teve um propósito justo, mas foi ruim no sentido de encarecer o financiamento. Se simplesmente voltarmos a ter uma liquidez mais adequada, talvez 90 dias como era antes, ou menos de 12 meses, teremos os LCIs adicionais, o que deverá se traduzir em uma taxa de juros mais adequada”, afirmou o diretor do Bradesco antes do anúncio da decisão do CMN.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo