Cibersegurança: como as empresas podem se proteger

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O rápido avanço tecnológico é acompanhado por um aumento das ameaças cibernéticas, tornando importante que as organizações adotem uma postura proativa e integrada em relação à proteção de dados Pexels A crescente complexidade das ameaças cibernéticas exige que as empresas estejam sempre um passo à frente para proteger os seus dados e sistemas. Segundo dados da IDC, estima-se que até 2024 o montante atribuído aos serviços de cibersegurança atingirá cerca de 184 milhões de dólares em diversas áreas industriais. Este ano, a segurança cibernética torna-se uma prioridade ainda maior, impulsionada pelo aumento das tecnologias emergentes e das ameaças sofisticadas. Neste artigo, exploraremos estratégias avançadas que as empresas podem adotar para fortalecer a sua postura de segurança cibernética. Proteção contra ransomware Diante da crescente sofisticação das ameaças cibernéticas, as empresas estão buscando estratégias abrangentes para proteger seus dados contra ransomware. Dados da Check Point Research (CPR) mostram que 71% das organizações em todo o mundo sofreram ataques de ramsomware, com as consequências financeiras a atingirem 4,35 milhões de dólares. Uma abordagem multifacetada é essencial, começando pela atualização regular de todos os sistemas e software para corrigir vulnerabilidades conhecidas. Firewalls avançados, sistemas de detecção de intrusões e soluções antivírus com recursos de aprendizado de máquina devem ser integrados para criar uma linha de defesa robusta. Criar backups frequentes é uma prática essencial, mas localizar esses backups de forma segura e isolada é igualmente crítico. Armazenar cópias de dados em ambientes desconectados da rede principal evita que ransomware chegue a esses backups, possibilitando uma recuperação rápida em caso de ataque. Além disso, a segmentação da rede, dividindo-a em zonas isoladas, é uma defesa proativa eficaz. Isto evita a rápida propagação do ransomware, limitando o seu impacto a áreas específicas. A análise comportamental, que monitora atividades incomuns, auxilia na detecção precoce de ameaças, permitindo respostas rápidas e mitigação de danos. Criptografia de dados e descanso na nuvem À medida que as organizações migram para ambientes em nuvem, a proteção dos dados durante a transmissão e o armazenamento em servidores torna-se crucial. Segundo o estudo da IDC, os investimentos em software e serviços em nuvem deverão atingir US$ 1,35 trilhão até 2027. Nesse contexto, a aplicação de técnicas avançadas de criptografia é essencial para enfrentar ameaças sofisticadas, garantindo a confidencialidade e integridade dos dados. A criptografia de dados em repouso fornece proteção adicional, tornando os dados ilegíveis para entidades não autorizadas, enquanto a criptografia em trânsito protege as informações durante a transferência, mitigando os riscos de interceptação ou acesso não autorizado. Essa abordagem abrangente não apenas atende aos requisitos de conformidade, mas também fortalece a confiança do usuário ao solidificar a postura defensiva na nuvem corporativa. Treinamento especializado em funções A implementação de treinamento específico em funções está emergindo como uma estratégia essencial para reforçar as defesas das organizações contra diversas ameaças cibernéticas. De acordo com um estudo da Gartner, até 2025, 40% dos conselhos corporativos terão um comitê específico para segurança cibernética. Reconhecendo que diferentes áreas da empresa enfrentam desafios diferentes, as empresas estão a adoptar uma abordagem personalizada aos programas de formação. Esta adaptação visa proporcionar uma compreensão aprofundada das ameaças específicas e das práticas de segurança relevantes para cada departamento. Ao personalizar o treinamento, as organizações garantem que os funcionários recebam orientações precisas e alinhadas com suas responsabilidades específicas. Por exemplo, os departamentos financeiros podem concentrar-se em estratégias anti-phishing relacionadas com transações financeiras, enquanto as equipas de desenvolvimento de software podem receber formação intensiva em práticas de codificação seguras. Isto não só promove uma abordagem mais direcionada, mas também aumenta a eficácia da formação, capacitando os colaboradores com conhecimentos práticos e relevantes para enfrentar os desafios específicos das suas funções. Conscientização sobre Phishing Em 2024, o combate eficaz ao phishing é vital para a segurança dos negócios. A América Latina teve um total de 286 milhões de tentativas de phishing de setembro de 2022 a setembro de 2023, um aumento de 617%, segundo dados da Kaspersky. As empresas devem priorizar a conscientização dos funcionários, promovendo treinamentos regulares para reconhecer técnicas avançadas de phishing. A implementação de filtros robustos de e-mail e mecanismos de verificação de URL pode reduzir a exposição a ataques. A autenticação multifator é uma defesa eficaz contra roubo de credenciais. Além disso, é crucial estabelecer uma cultura organizacional que incentive a denúncia imediata de tentativas de phishing. A resposta ágil a incidentes de phishing, incluindo a remoção rápida de conteúdo malicioso, é essencial para mitigar os danos. Ao concentrar esforços específicos no combate ao phishing, as empresas podem reforçar significativamente a sua postura de cibersegurança face a esta ameaça persistente. Num ambiente de negócios caracterizado pela constante evolução digital, a cibersegurança surge não apenas como uma necessidade operacional, mas como uma prioridade estratégica essencial. O rápido avanço tecnológico é acompanhado por um aumento das ameaças cibernéticas, tornando importante que as organizações adotem uma postura proativa e integrada em relação à proteção de dados. Ao implementar medidas de segurança abrangentes e inovadoras, as empresas não só protegem os seus valiosos activos contra ameaças em constante mudança, mas também fortalecem a confiança dos clientes e parceiros. *Miller Augusto é um profissional com mais de 19 anos de experiência no mercado de tecnologia, onde sua missão é promover soluções altamente escaláveis. Ao longo de sua carreira, Miller desempenhou funções estratégicas e de liderança em empresas como Google, CI&T, Clever Code, Embraer e Tecard. Atualmente é CEO e fundador do Grupo Ivy e de outras oito empresas de diversos segmentos. O empresário também atua como investidor anjo e mentor de startups no Brasil e no exterior. Mais Lidos



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