O chavismo na Venezuela enfrenta neste domingo —quando a população vai às urnas para escolher o seu novo presidente— o maior desafio nos 25 anos em que está à frente do país. Os dois principais candidatos com maior probabilidade de vencer são Nicolás Maduro, presidente que busca um terceiro mandato, e o embaixador Edmundo González Urrutia, da coalizão Plataforma Democrática Unitária. Mas é um nome que estará ausente das urnas que mais chama a atenção nas eleições: María Corina Machado.
Machado seria o candidato natural da oposição, não fosse uma determinação da Justiça venezuelana anulando os resultados das primárias auto-organizadas por partidos contrários a Maduro. Em seu lugar veio o diplomata de carreira Edmundo González, de perfil moderado, aceito por unanimidade pela oposição como o candidato que buscará acabar com o domínio de um quarto de século do chavismo na Venezuela.
As eleições ocorrem depois dos esforços dos EUA e dos seus aliados europeus para convencer Maduro a realizar eleições justas em troca do alívio de algumas das sanções económicas impostas por Washington a Caracas. O governo de Maduro assinou um acordo em Barbados em outubro de 2023, com a oposição apoiada pelos EUA, comprometendo-se a realizar eleições democráticas. Mas mais tarde quebrou o acordo, queixando-se de que os EUA não tinham ajudado a Venezuela a recuperar o acesso a contas internacionais congeladas.
As possibilidades de vitória da oposição são parcialmente explicadas pela situação económica do país, que atravessa uma crise prolongada.
Maduro afirmou em fevereiro que a economia venezuelana cresceria 5% em 2023 e projetou um aumento de pelo menos 8% para este ano. Os números do governo são optimistas em relação à projecção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que em Abril previa um crescimento superior a 4% para 2024.
O próprio Banco Central da Venezuela reconheceu que entre 2013 e 2018 o produto interno bruto (PIB) do país contraiu 52,3%.
Além dos problemas económicos, o país ainda convive com a perseguição da oposição, com cerca de 37 activistas antigovernamentais detidos ou escondidos para evitar a prisão desde Janeiro, segundo partidos que formam a Plataforma Democrática Unitária.
Como funciona a eleição?
A eleição na Venezuela acontecerá no dia 28 de julho e definirá o presidente do país apenas em turno único.
A Procuradoria-Geral da Venezuela informou que enviará 1.236 funcionários para acompanhar as eleições, que ficarão espalhados pela sala de controle eleitoral de Caracas, e também nas unidades de votação de todo o país.
O evento estará vazio de observadores internacionais e a principal delegação do exterior que acompanhará o evento será do centro de estudos Carter Center.
Embora sejam 10 candidatos participantes da disputa, os que têm melhores chances são Maduro, que está no poder há 11 anos, e González, da oposição.
Embaixador na Argélia e posteriormente na Argentina, González deixou o governo em 2002, durante o governo Chávez. Desde então, trabalhou em grupos de reflexão especializados em política externa, com um curto período, há uma década, como elemento de ligação internacional da oposição.
Durante a campanha, o ex-diplomata manteve o tom discreto, deixando Machado assumir a liderança dos comícios.
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