Após solicitar visão coletiva, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou para a próxima quarta-feira (10) a deliberação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá autonomia financeira ao Banco Central (AC).
Após leitura do parecer do relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM)o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou um acordo para suspender a discussão do assunto sem solicitar revisão. Segundo Alcolumbre, o acordo teria sido feito com o autor da PEC, Vanderlan Cardoso (PSD-GO)o líder do PSD, Otto Alencar (BA), Rogério Carvalho (PT-SE) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
O acordo previa que Rogério Carvalho retirasse o pedido de adiamento da discussão por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30.
“Como já fiz em outros projetos polêmicos, suspenderia o início da discussão sobre o assunto para que não fiquemos limitados a dois adiamentos de 30 dias. Sei que esse é um assunto polêmico, temos senadores a favor e contra a votação dessa proposta, mas minha sugestão de adiar o início da discussão é para que não possamos ficar limitados a 30 mais 30”, argumentou Alcolumbre.
O relator da PEC, Plínio Valério afirmou que, com esse entendimento, a proposta estaria “morta”. “Está matando a PEC. A eleição chegou e não vai ser votada. Foi isso que aprendi na política”, declarou Valério, que criticou o fato de não ter participado do acordo.
Rogério Carvalho voltou a defender que havia um acordo para adiar a discussão por 30 dias, mas Vanderlan rebateu dizendo que o acordo era para que a proposta fosse votada na próxima semana. O autor da PEC argumentou que o adiamento da deliberação do Congresso poderia contribuir para o aumento dos confrontos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netoem meio à alta do dólar.
“Vossa Excelência (Alcolumbre) sugeriu o adiamento. Conversando com os colegas, entendi que podemos adiar, mas com a data da semana que vem vamos votar”, disse. “A cada dia que passa a corda estica. Temos um problema sério. A inflação está batendo à porta, o dólar está subindo e essa conversa tem que parar. Se continuarmos atrasando a votação desse projeto, onde isso vai parar?” , perguntou Vanderlan.
Com a falta de acordo e apoio ao pedido do senador Rogério Carvalho, Alcolumbre concedeu opinião coletiva e a votação foi adiada para a próxima semana.
Em novo parecer divulgado nesta quarta-feira, Plínio Valério acrescentou ao texto um dispositivo que protege os cartórios dos avanços da moeda digital brasileira, o Drex. Por exemplo, ao adquirir um imóvel, o comprador pode ter medo de pagar e o vendedor pode não transferir o nome do novo proprietário para a escritura. Com a Drex, não importa quem dá o primeiro passo, pois o contrato só será concluído quando ambos acontecerem. Assim, o dinheiro e a propriedade do ativo serão transferidos simultaneamente.
Atualmente, esses contratos de compra e venda de imóveis estão registrados em Cartórios de Títulos e Documentospara fornecer segurança à grande transação para ambas as partes, de que haja um registro escrito do que deve ser feito por cada parte.
Os senadores Weverton Rocha (PDT-MA) Isso é Carlos Portinho (PL-RJ) apresentou alterações com o mesmo conteúdo com o objetivo de proteger os notários. “A autonomia concedida ao Banco Central nos termos desta Emenda Constitucional não abrange, restringe, altera ou acumula os serviços da competência dos notários e conservadores atribuídos por lei”, diz o texto das alterações.
“Esta alteração é necessária para delimitar claramente os limites da autonomia concedida ao Banco Central, garantindo que este não interfira nos serviços de competência constitucional de terceiros, conforme estabelece o artigo 236 da Constituição Federal e outras normas especiais” , argumentam os senadores ao justificar o dispositivo.
Em mais uma mudança no texto, Valério acatou emendas dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) Isso é Lucas Barreto (PSD-AP), para equalizar a remuneração dos aposentados e pensionistas do BC após a transição de órgão autônomo para empresa pública. As disposições garantem-lhes os mesmos direitos dos atuais funcionários do BC e também garantem que os benefícios continuem a ser reajustados da mesma forma que os salários dos funcionários ativos.
No texto, Valério garante “a conquista da autonomia técnica, operacional e administrativa” do BC. Ele destaca que também estão preservadas as funções do Conselho Monetário Nacional (CMN), cujas principais responsabilidades são a formulação de políticas cambiais e de crédito. Esta foi uma das principais preocupações do relator.
O relator estabeleceu, em seu parecer, um limite para despesas com pessoal da instituição, que terá como teto o valor utilizado no ano anterior corrigido pela inflação. No texto, Valério condiciona qualquer aumento de recursos à aprovação do Senado.
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