A Policia Federal informou em reportagem que é necessário continuar investigando a participação do prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB)em um esquema conhecido como máfia da crechecom o objetivo de desviar recursos públicos de unidades de educação infantil da capital paulista.
Acusado por uma mulher indiciada no caso de recebimento de transferências financeiras dessa estrutura criminosa, Nunes não apresentou notas ou provas durante a investigação que justificassem o recebimento de recursos em sua conta pessoal.
O prefeito é suspeito do crime de lavagem de dinheiro, o que nega. Nunes, que não foi indiciado, afirma ser vítima de perseguição política, pois a investigação, segundo ele, foi paralisada e agora foi retomada, às vésperas da campanha eleitoral.
Reportagem da “Folha de S.Paulo” trouxe depoimento em vídeo de Rosângela Crepaldi, ex-funcionária de um escritório de contabilidade que era investigada por envolvimento em desvio de creches, no qual ela diz que pagamentos a Nunes e à empresa de sua família foram “transferências”, a título de suborno, sem ter prestado serviço que justificasse a transação. Investigada pela PF, Crepaldi, porém, não apresentou provas e permaneceu em silêncio ao prestar depoimento em 2019. O vídeo foi gravado há cerca de um mês devido a supostas ameaças recebidas por ela, segundo a investigação. Valor.
Nunes e a empresa de sua família — Nikkey Serviços S/S Ltda — receberam valores em 2018 de outra empresa acusada de ter sido utilizada no esquema da máfia das creches para desviar recursos públicos. Houve quebra de sigilo bancário.
Na época vereador, Nunes recebeu um total de R$ 11.590,16, divididos em dois cheques. Outros R$ 20 mil foram enviados diretamente para Nikkey, que tem como sócias Regina, esposa do prefeito, e sua filha, Mayara. Esses apontamentos, ou qualquer outra prova de que esses serviços foram de fato realizados, não foram apresentados pela defesa do atual prefeito durante a investigação, que é acompanhada pelo Ministério Público. Ministério Público Federal.
Ouvido durante a investigação, em julho de 2022, em depoimento prestado na prefeitura, Nunes afirmou “que não possui mais os documentos dos serviços que foram prestados” e que o dinheiro recebido em sua conta poderia ser “algum pagamento que ele feito para a empresa e ela entregou os cheques para serem descontados.”
Em relatório datado de 30 de julho deste ano, a PF disse que Nunes “apresentou alguns documentos de 2019, mas os repasses questionados são de 2018”. Os supostos documentos comprovativos dos serviços não foram localizados, informou a polícia.
O documento da PF, que não indiciou o prefeito, levanta suspeitas de crime de lavagem de dinheiro cometido por ele e pela empresa Nikkey: “O Coaf também recebeu informações sobre movimentações atípicas nas contas de Ricardo Nunes e empresas ligadas, consideradas incompatíveis com questões financeiras capacidade”.
A investigação, iniciada em 2019 e já indiciada mais de 100 pessoas, reuniu dados que mostram as ligações entre Nunes, sua esposa e filha, além de funcionários da Nikkey, com outros investigados da máfia da creche. O esquema baseava-se em ONGs que administravam creches municipais. Essas instituições receberam recursos para despesas materiais, mas parte dos valores foi posteriormente repassada a pessoas e empresas ligadas ao esquema.
A investigação diz que “a relação entre o então vereador Ricardo Luís Reis Nunesatual prefeito de São Paulo, com uma das principais empresas envolvidas no esquema criminoso de desvio de recursos públicos na cidade de São Paulo, Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eirelique gerou um faturamento de R$ 162,9 milhões”.
Em 2018, quando recebeu os recursos, Nunes era vereador. Candidato a vice-prefeito na chapa Bruno Covas (PSDB) em 2020, assumiu o Executivo após a morte do prefeito, em maio de 2021.
“Ricardo Nunes é, sempre foi e sempre será o maior interessado em esclarecer estes factos. Essa manobra sorrateira às vésperas de uma eleição na tentativa de prejudicar a reputação do líder das pesquisas de intenções de voto para a reeleição é perversa e muito suspeita”, afirmou comunicado divulgado pela pré-campanha do prefeito. Ó Valor questionou a assessoria de Nunes sobre a falta de comprovação dos serviços prestados e sobre a suspeita de lavagem de dinheiro apontada pela PF, mas não obteve resposta.
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