Carrefour busca compradores de ativos e converterá 40 hipermercados até 2026 | Empresas

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São cerca de 200 imóveis que poderão ser foco desta operação, em negociações em andamento com fundos e construtoras interessadas. O plano foi anunciado em 2022 e, até o momento, nenhum progresso foi relatado.

O Carrefour disse ainda, nesta terça-feira (23), que espera converter 40 hipermercados em lojas Atacadão e Sam’s Club entre 2024 e 2026. Em relação à abertura de lojas, a projeção é de 20 novos Atacadão (era de 10 a 12, mas isso foi atualizado ontem) e entre 7 e 9 lojas Sam’s Club em 2024. Os dados já haviam sido apresentados pela varejista no final de 2023 , mas os analistas questionaram a empresa sobre a manutenção de suas metas, que ainda são válidas.

A empresa também foi questionada sobre o ambiente de vendas e concorrência e disse que não houve nenhuma atividade comercial “diferente” que pudesse justificar o aumento das vendas “mesmas lojas” do Atacadão. O CEO lembrou o elevado volume de dívida no país, de 77 milhões, e que isso poderia explicar a procura por canais com preços mais baixos, como o cash and carry.

Em relação ao desempenho de vendas, o vice-presidente de finanças, Eric Alencar, foi questionado por analistas sobre a redução no pagamento de impostos e como isso melhorou as vendas líquidas. As vendas brutas são ajustadas pelos impostos sobre vendas (principalmente PIS/COFINS e ICMS), e isso dá origem às vendas líquidas.

“Os impostos agora são contabilizados quando as mercadorias saem, não quando entram; Mas é importante dizer que a mudança não afeta o lucro bruto, o efeito é zero. Essa carga tributária de 9% a 9,5% passou para 7% ou mais, por causa dessa nova forma de contabilização, mas deve voltar para 9%”, disse. “Tivemos uma mudança geográfica nas vendas e nos produtos que repercutiu nisso”, disse Alencar.

O CEO disse ainda que, no processo de sinergia com os ativos do Big, adquiridos em 2021, 25% das lojas ainda precisam ser convertidas em Atacadão, “que é a parte mais importante do plano”. 75% das lojas foram convertidas e ainda há espaço para avançar em sinergia com o Big em sistemas de tecnologia da informação.

Em relação ao banco do grupo, o Carrefour disse que deverá haver um impacto de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões no EBITDA no segundo semestre com a mudança nas regras de rotativo das dívidas de cartão neste ano. Mas um primeiro semestre melhor para o banco deverá compensar a piora no segundo semestre devido ao efeito do negócio rotativo.

A margem financeira do banco foi de 42,9% de abril a junho, 0,7 ponto menor que há um ano, refletindo o fato de um terço da carteira já estar na nova política de juros do crédito rotativo. Cartão de crédito. Até o final do ano, 100% da carteira estará dentro das novas regras.