Café registra forte queda em NY, mas clima no Brasil ainda preocupa

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Os contratos do café para dezembro encerraram a sessão com queda de 3,45%. Pelos aspectos técnicos, o preço do café registrou forte queda na Bolsa de Valores de Nova York. Os contratos do Arábica para entrega em dezembro fecharam em queda de 3,45% nesta quinta-feira (29/8), a US$ 2,4760 por libra-peso. +Veja mais cotações na ferramenta Globo Rural Após cinco altas consecutivas na bolsa, uma correção para baixo nos preços já era esperada pelos analistas. Mas a tendência atual dos preços ainda é de alta, segundo Renata Eller Santos, CEO da Eller Trading. “O mercado foi impactado pela seca [em áreas produtoras do Brasil]. Se não chover agora não teremos uma boa colheita no ano que vem e as plantas estão sentindo o impacto desse clima adverso”, afirma. O especialista relata que em Varginha (MG), uma das principais áreas produtoras de arábica do Brasil, houve poucas chuvas registradas nos últimos dias e é necessária mais umidade para o desenvolvimento das lavouras de café. Os últimos levantamentos da Fundação Procafé reforçam a gravidade do déficit hídrico que poderá prejudicar a temporada 2025/26. De janeiro a julho deste ano, a região de Varginha registrou déficit hídrico 234 milímetros abaixo da média, refletindo a situação do Sul de Minas. Texto inicial do plugin Santos lembra ainda que o café deverá continuar apoiado pelas altas expressivas do Robusta na Bolsa de Londres. “Falta conilon [robusta] nas principais origens e também no Brasil, onde grande parte da produção já é comercializada”. Cacau Os contratos de cacau para entrega em dezembro fecharam em queda de 1,65% na Bolsa de Nova York, a US$ 7,613 a tonelada. A empresa de meteorologia Maxar Technologies disse que as regiões produtoras de cacau na África Ocidental deverão receber chuva até o próximo fim de semana. Esta situação climática poderá beneficiar a produção da safra 2024/25, que começa em outubro. Açúcar O preço do açúcar voltou a subir em Nova York após cair na véspera. Os papéis de outubro fecharam em alta de 1,36%, a 20,11 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar segue agora em trajetória ascendente e subiu pela sétima vez nos últimos seis pregões, impulsionado pelos incêndios nos canaviais no Brasil e também pelos fracos resultados de produção no Centro-Sul do país. Suco de laranja No mercado de suco de laranja em Nova York, os lotes de novembro fecharam o pregão com forte alta, de 3,18%, a US$ 4,46020 por libra-peso. Algodão Nas negociações de algodão na bolsa americana, os contratos com vencimento em dezembro fecharam em alta de 2%, cotados a 69,92 centavos de dólar por libra-peso.



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