Café arábica volta a subir em Nova York, com apoio de problemas climáticos

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Açúcar e cacau encerraram o dia em baixa Os lotes de café com vencimento em dezembro encerraram o pregão desta terça-feira (09/10) na Bolsa de Valores de Nova York com leve alta de 0,73%, cotados a US$ 2,4720. Entre os fundamentos que movem os agentes de mercado estão as condições climáticas globais e os problemas logísticos. Porém, o analista da Pine Agronegócio, Vicente Zotti, destaca que não foram as queimadas específicas nas lavouras de café brasileiras que sustentaram ou sustentam as oscilações positivas do grão Arábica. Veja também: “O clima adverso ainda não é o fator que mais expressa o aumento dos preços, considerando a próxima safra de Arábica 2025/26, que está no início do seu ciclo. perda ou perda de volume, pois as florações nem aconteceram 100%”, afirma. No caso do Brasil, maior produtor do mundo, é necessário analisar a situação regionalmente. “Olhando as imagens de satélite, São Paulo está em uma situação muito pior que Minas Gerais. Ao olhar para o clima da Alta Mogiana, por exemplo, são praticamente quatro meses sem chuva e as plantas sentiram isso. Além do déficit hídrico, você tem temperaturas acima da média. No caso do Sul de Minas, não há um problema tão grave, pois houve muitas lavouras de 2023 já podadas, o clima é menos quente, o déficit hídrico é menor, por exemplo”, citou o relatório. Açúcar Os contratos de açúcar demerara de primeira posição fecharam em queda de 1,91% na Bolsa de Nova York, cotados a 18,47 centavos de dólar por libra-peso. No momento, são os mais negociados com 323.966 contratos em aberto. Os lotes com vencimento em março de 2025 fecharam o pregão com alta de 1,73%, a 18,78 centavos de dólar por libra-peso. Segundo a Trading Economics, os futuros do açúcar recuam após um máximo de cinco semanas impulsionado, em particular, pelos incêndios nos canaviais brasileiros, que destruíram cerca de 80 mil hectares de cana-de-açúcar, com perdas de volume estimadas em 5 milhões de toneladas. Além disso, foram os primeiros dias do anúncio de restrições à exportação da commodity pela Índia em favor da produção de etanol para o mercado interno. No entanto, as previsões indicam um aumento na produção de açúcar no Brasil, o que pressiona os preços para baixo. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou que a região Centro-Sul do país, uma das maiores produtoras, atingiu 23,91 milhões de toneladas de açúcar até meados de agosto, crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior para a safra 2024/25. ano de comercialização. Por outro lado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu para 42 milhões de toneladas a previsão de produção no país. Cacau Os contratos de cacau com vencimento em dezembro não sustentaram a alta registrada ontem e fecharam o pregão da Bolsa de Nova York com queda de 2,73%. Os preços terminaram em US$ 7.271 por tonelada. Os preços ainda permanecem acima dos níveis mais baixos que o mercado atingiu no mês passado, na ordem de US$ 6 mil por tonelada. Os fundamentos não se alteraram e as oscilações correspondem à dinâmica dos agentes de mercado e à volatilidade da procura na indústria do chocolate. Desde o início de 2024, as amêndoas aumentaram 103,98%, segundo a negociação de um contrato por diferença (CFD) que segue o mercado de referência desta commodity, segundo a Trading Economics. Porém, a consultoria lembra que, historicamente, o cacau atingiu o máximo histórico de US$ 12.261,00 em abril de 2024. Suco de laranja O suco de laranja concentrado congelado (FCOJ) para novembro atingiu a máxima de 2,59%. O preço ficou em US$ 5,0180 por libra-peso, com discreta influência dos novos sinais de greening da citricultura brasileira e do aumento da demanda industrial. Algodão Os papéis de algodão com vencimento em dezembro subiram 0,77%, cotados a US$ 68,21 centavos por libra-peso. A alta da cotação do dólar contribuiu para o fechamento em alta. Após o fechamento de segunda-feira, a NASS informou que 45% da safra de algodão dos EUA havia aberto maçãs da planta, acima da média de 40%, com 8% colhidos, 2 pontos percentuais acima do normal, disse o analista da Barchart, Austin Schroeder. Os estoques de algodão da ICE permaneceram inalterados em 9 de setembro, restando 265 fardos de estoques certificados. O Preço Mundial Ajustado (AWP) do USDA também subiu 29 pontos em relação à semana anterior, na quinta-feira, para 57,27 centavos de dólar por libra-peso, influenciando as negociações na bolsa americana.



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