Informações visam facilitar a compreensão das novas regras e das implicações para o comércio de café O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) acaba de lançar uma página online sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). Segundo a entidade, todas as informações levantadas visam facilitar o entendimento das novas regras e das implicações para o comércio de café no Brasil assim que a lei entrar em vigor, o que está previsto para 31 de dezembro. Além disso, segundo a entidade, o site é uma forma de recolha de informação e transparência para consulta por parte das entidades europeias, responsáveis pelo Regulamento. Por meio de perguntas e respostas direcionadas a produtores, exportadores e importadores, a entidade organizou um material que servirá de guia de preparo, considerando que a União Europeia é há anos o principal bloco comprador dos grãos brasileiros. Texto inicial do plugin Somente no primeiro semestre deste ano, a UE foi responsável por 47,3% das compras brasileiras de café. “Com o EUDR se tornando mais rigoroso a partir do próximo ano, promovendo a importação e venda de produtos livres de desmatamento, como parte do Acordo Verde Europeu para combater as mudanças climáticas, o Cecafé busca esclarecer, a todos os atores da cadeia produtiva, os pontos envolvidos no esta nova legislação”, diz o comunicado desta segunda-feira (19/8). O EUDR impõe, por exemplo, a obrigatoriedade de informação sobre a geolocalização das propriedades de origem do café e que as empresas europeias realizem a devida diligência ao longo das suas cadeias de abastecimento para garantir que os produtos provenientes de áreas desmatadas, a partir de 31 de dezembro de 2020, não entrem em território europeu . A medida é polêmica no segmento pelos desafios que apresenta e tem gerado muitos debates, nos quais o Brasil está na vanguarda com a participação do Cecafé em encontros internacionais. “Embora haja muitos desafios com a nova regulamentação europeia, o Brasil tem se esforçado, por meio do comércio de exportação, para atendê-la e à demanda do bloco europeu, garantindo o abastecimento dos nossos importadores”, destaca, em nota, o diretor- General do Cecafé, Marcos Matos. Para a diretora de sustentabilidade do Cecafé, Silvia Pizzol, o esforço para reforçar a transparência das boas práticas socioambientais adotadas nas regiões cafeeiras do país pode ser visto como uma oportunidade para destacar a vanguarda da produção cafeeira em termos de sustentabilidade global. “Esta iniciativa de comunicação visa demonstrar aos importadores europeus a plataforma adotada pelo comércio de exportação e os procedimentos realizados no Brasil para cumprimento do EUDR”, comenta. Para apoiar os processos de due diligence socioambiental realizados pelas empresas exportadoras, o site apresenta a parceria que o Cecafé mantém com a Serasa Experian, por meio da qual os exportadores brasileiros podem verificar e monitorar informações socioambientais das propriedades rurais, identificando aquelas que atendem aos requisitos de a regulamentação europeia, além de extrair dados de geolocalização. O EUDR só se aplica aos operadores económicos europeus, como importadores e comerciantes, no entanto, as novas regras de importação da União Europeia trazem requisitos que têm efeitos sobre outros elos da cadeia devido ao regulamento que torna obrigatória a informação sobre as geolocalizações de origem do grão. . “Essa é uma informação que deve acompanhar o café em toda a sua cadeia de comercialização. É por isso que nosso site apresenta a parceria Cecafé-Serasa Experian, que conta atualmente com mais de 50 empresas e cooperativas exportadoras, responsáveis por quase todos os embarques de café para a UE, que aplicam tecnologia para avaliar e gerar evidências sobre a conformidade dos grãos a serem exportados para o Bloco europeu sob regras EUDR”, detalha, em comunicado, Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.
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