Depois do Banco Central (BC) aumentar o Selic para 10,75% ao ano, aumento de 0,25 ponto percentual na reunião desta quarta (18), Brasil subiu do quarto para o terceiro lugar no ranking dos países com maiores taxas de juros reaisque desconta as expectativas de inflação. A alíquota brasileira é de 7,3%. Neste pódio, a Turquia aparece em primeiro lugar no ranking, com taxas de juro reais de 24%. Em seguida vem a Rússia, com 12,3%.
A compilação foi preparada por Data valorcom base em dados do Boletim Focus do Banco Central, o B3 e Economia Comercial e considera apenas os países do G-20, formado por 19 nações e a União Europeia, que representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
No entanto, os países menos desenvolvidos apresentam taxas mais elevadas do que a Turquia, a Rússia e o Brasil.
O ranking foi feito utilizando as taxas básicas de juros divulgadas mais recentemente pelos países. O cálculo para o Brasil considera um derivativo (contrato financeiro negociado na B3), descontando a expectativa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os próximos 12 meses.
Em quarto lugar aparece o Méxicocom taxas de juros reais de 7,2%, seguido por Indonésiaem quinto lugar, com taxa de 3,9% e, em sexto lugar, está África do Sulcom juros reais de 3,6%.
O Brasil subiu para a posição depois de assumir mais uma vez a liderança nos ciclos de política monetária global. Neste mês de setembro, o BC iniciou mais um ciclo de aperto nas taxas.
Desta vez, não por desconexão com outras economias, mas para recuperar a credibilidade da autoridade monetária após a desancoragem das expectativas inflacionárias em meio a temores sobre a política fiscal do governo. O processo é entendido como fundamental para a sucessão de Roberto Campos Neto a Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o órgão a partir de 2025.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a aumentar as taxas de juros para manter a inflação sob controle, antes de Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. De março de 2022 a maio de 2023, o Brasil manteve a posição de país com maior taxa de juros real no grupo analisado. No entanto, tal como os seus pares na América Latina, começou a cair posições com os cortes nas taxas que ocorreram mais tarde, em agosto do ano passado.
Depois de cortar os juros oito vezes seguidas, desde agosto do ano passado, o BC brasileiro manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano por duas reuniões consecutivas. Segundo o mais recente Boletim Focus, a expectativa é que os juros subam para 11,25% até o final deste ano.
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou para 4,35% em 2024, sexta semana consecutiva de projeções aumentadas.
Nos Estados Unidos, a Reserva Federal (Fed, o banco central americano) finalmente iniciou o seu tão esperado ciclo de redução de juros, com corte de 0,5 ponto percentual, o que levou as taxas para uma faixa entre 4,75% e 5% ao ano.
A percepção dos agentes do mercado financeiro hoje é que a autoridade americana promoverá mais dois cortes, um de 0,25 ponto percentual e outro de meio ponto, nas próximas reuniões, marcadas para novembro e dezembro deste ano.
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