Após um período de captação de capital e investimentos em startups de energia, empresas do segmento ampliam atuação, consolidam atividades e passam a ser alvo de M&As (fusões e aquisições). De modo geral, as startups de energia, mais conhecidas como energytechs, avançam devido a uma série de fatores que vão desde mudanças na regulamentação do setor energético até a necessidade progressiva de operações mais racionais e sustentáveis, características da transição energética não só no Brasil, mas também no Brasil. mundo.
O universo energytech envolve diferentes etapas da cadeia do setor energético. Em suma, estão associados à produção, distribuição, consumo e gestão de energia. Cinco grupos são significativos no ambiente de startups de energia, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups): Carbono e Sustentabilidade, Mobilidade Sustentável; Energias Renováveis; Armazenamento de Energia; e Gestão de Energia. De forma simplificada, as energytechs desenvolvem tecnologias, desenvolvem e implementam soluções para cada um destes grupos.
“As Energytechs estão a registar um crescimento significativo, especialmente com a crescente procura de soluções sustentáveis e eficientes em resposta à crise climática e às necessidades energéticas globais. Em comparação com outros segmentos, como fintechs (financeiro) e healthtechs (saúde), que nos últimos anos alavancaram o ecossistema de startups, as energytechs estão se destacando, mas o ritmo pode variar dependendo do contexto regional e das políticas públicas” avalia Mariane Takahashi, CEO da Abstartup.
Órigo enquadra-se na categoria de energias renováveis. A empresa iniciou suas atividades em 2010 e hoje é considerada a maior empresa brasileira de geração distribuída compartilhada, com projetos de energia solar em todo o país. O modelo de negócios da startup mudou em 2017. Antes, ela oferecia basicamente soluções para telhados residenciais como painéis solares e passou a montar fazendas para geração de energia solar, “possibilitando o acesso à energia renovável de forma acessível e renovável”, segundo a empresa.
“Desenvolvemos esse modelo de negócio, onde investimos em usinas solares. Com isso, permitimos que clientes residenciais e pequenos comércios aluguem essa capacidade e gerem sua própria energia”, afirma Surya Mendonça, CEO da Órigo, que chegou à empresa em 2016, um ano antes do primeiro parque solar. Segundo levantamento da plataforma de inteligência de mercado Distrito, a Órigo foi a que mais recebeu investimentos entre as energytechs.
Existem quase 350 energytechs na América Latina. Mais da metade (55%) das energytechs latino-americanas estão em energia renovável, seguidas por startups de distribuição de energia (37%). O levantamento feito pela plataforma mostra que mais de 64% do total de energytechs da região estão no Brasil. De 2021 a abril de 2024, as startups de energia receberam investimentos de cerca de R$ 760 milhões, dos quais R$ 626 milhões em energytechs brasileiras. Os números regionais para 2024 (R$ 113 milhões) são parciais, mas indicam continuidade dos investimentos, diz o Distrito.
A Power2Go oferece solução por assinatura para recarga de carros elétricos em condomínios, com pacote de carregador, instalação, monitoramento e manutenção. “Os condomínios não foram feitos para isso, encontramos um problema escalável. E percebemos que a natureza desse problema está relacionada ao serviço e não a um produto”, afirma o CEO da Power2Go, Tadeu Azevedo, destacando a expansão do mercado de carros elétricos pelo mundo. Em junho passado, mais de metade (51%) dos automóveis produzidos eram elétricos ou híbridos, pela primeira vez na história.
A startup Bow-e, do Grupo Bolt, oferece energia por assinatura no modelo de geração distribuída compartilhada (GD), com foco maior em clientes de menor porte. Desde maio de 2022, a energytech passou a arrendar usinas de geração distribuída. “Temos hoje presença operacional em dez estados e entraremos em mais”, projeta o CEO da Bolt Energy, Gustavo Ayala. Para ele, os novos vetores de crescimento do segmento energytech nos próximos anos incluem mudanças na regulamentação, demanda por carros elétricos, vocação para biometano e créditos de carbono.
Ayala lembra ainda que o governo trabalha com a perspectiva de abertura total do mercado em 2028, incluindo baixa tensão e consumidores residenciais. Paralelamente, a projeção de investimentos em energias renováveis, informada pelo próprio governo federal, seria de R$ 200 bilhões até 2028. Diante desse cenário, mesmo as grandes empresas de energia veem com bons olhos o surgimento das energytechs, como indicou o Superintendente de Inovação, Sustentabilidade e Responsabilidade Social na Neoenergia, Francisco de Assis Carvalho.
“A sinergia entre grandes corporações e novas iniciativas é crucial, pois permite a troca de conhecimento e inovação para enfrentar os desafios contemporâneos, como a transição energética e a transformação digital do setor. Nossa expectativa na Neoenergia é que um grande número dessas empresas nascentes cresçam e se internacionalizem, e o Brasil se consolide como líder no desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis”, afirma o executivo da empresa, que atua nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização. .
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo