Eles vieram de natação o primeiro medalhas de Brasil nós Jogos Paralímpicos de Paris. Nesta quinta-feira (29), três atletas do país subiram ao pódio, cada um ocupando um degrau diferente.
Gabriel Araújoo Gabrielzinho22, confirmou o favoritismo e conquistou o ouro nós 100 m costas – S2 (para atletas com deficiência física grave). Foi a quarta medalha paralímpica conquistada pelo mineiro, natural de Santa Luzia. Em Tóquio, em 2021, conquistou duas medalhas de ouro (50 m livres S2 e 200 m livres S2) e uma prata (100 m costas S2).
“Foi uma prova difícil, que me afetou. Trabalhei muito para isso. Fizemos de tudo para que a medalha de prata virasse ouro”, disse o nadador, satisfeito com a cor da medalha e particularmente entusiasmado com o próprio desempenho.
“Eu já ficaria feliz com o ouro, mas estou muito feliz porque consegui a prova, me saí muito bem. Posso gritar que sou campeão paralímpico nos 100m costas. Foi uma prova perfeita”, acrescentou Gabrielzinho, que tem focomelia, doença que impede a formação normal de braços e pernas.
Líder do ranking mundial e campeão mundial, o mineiro era o favorito nos 100m costas e logo mostrou que iria confirmar as expectativas. Na primeira metade da prova, ele ganhou mais de três segundos sobre os demais e manteve o ritmo até o final – o russo Vladimir Danilenko, que está em Paris com bandeira neutra, ficou com a prata, e o chileno Alberto Abarza, com o bronze.
Pouco depois de Gabrielzinho, foi a vez do seu xará Gabriel Bandeira24, conquista a medalha de bronze nos 100 m borboleta – S14 (para atletas com deficiência intelectual).
Gabriel caiu na piscina para defender o título conquistado nos Jogos Tóquio 2020, mas foi superado pelo dinamarquês Alexander Hillhouse e pelo britânico William Ellard, respectivamente, primeiro e segundo colocados.
Embora tenha subido ao pódio, o brasileiro não ficou satisfeito com o resultado.
“Acho que não consegui lidar muito bem com um pouco de frustração no início do ano, com a minha temporada, que foi um pouco difícil. Acredito que tenho me sabotado muito mentalmente. a próxima corrida, que ainda tem mais quatro pela frente”, disse, referindo-se às outras disputas que terá em Paris.
O último brasileiro a colocar uma medalha no peito nesta quinta-feira foi justamente o maior medalhista da delegação brasileira na França, Felipe Rodrigues34. O nadador conquistou a prata nos 50 m livre S10 (para atletas com poucas limitações físico-motoras), subindo um degrau do bronze em Tóquio.
Os australianos Thomas Gallagher e Rowan Crothers conquistaram ouro e bronze em Paris, respectivamente.
“Cheguei muito perto do ouro, como no Rio 2016, mas nós, que somos atletas de alto rendimento, sabemos o que é lutar e lutar. Estou muito feliz, ganhar uma medalha em cinco Jogos Paralímpicos é sensacional. um homem realizado”, comemorou o pernambucano, que já soma dez pódios paralímpicos.
O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) estabeleceu a meta de superar o número de medalhas obtidas em Tóquio, 72 no total.
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