Ó Bradesco obteve lucro líquido de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que representa aumento de 12% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado ficou acima das projeções dos analistas consultados por Valorque indicou ganho de R$ 4,380 bilhões.
O lucro contábil também foi de R$ 4,716 bilhões entre abril e junho, aumento de 12% em relação ao trimestre anterior e de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O segundo maior banco privado do país em ativos registrou margem financeira bruta de R$ 15,580 bilhões no segundo trimestre, aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e queda de 5,9% em 12 meses.
A margem com clientes foi de R$ 15,255 bilhões, aumento de 5% na comparação trimestral e queda de 8,4% em 12 meses. A taxa média foi de 8,6%, 8,5% no primeiro trimestre de 2024 e 9,7% no segundo trimestre de 2023.
“O desempenho da margem financeira [com clientes] Este trimestre apresentou recuperação, com crescimento de 5,0% impulsionado pelo aumento do volume médio de negócios em todos os segmentos, com destaque para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas. A taxa média de margem bruta aumentou 0,1 pp [ponto percentual] no trimestre e reduzido em 12 meses, em função da mudança no mix de produtos Pessoa Física, que aumentou a participação do crédito consignado, imobiliário e rural na carteira, e pela maior discriminação de risco, favorecendo a rentabilidade pela margem líquida, que evoluiu 19% em relação ao primeiro e 26% em relação ao segundo trimestre de 2023”.
A margem das operações de mercado foi positiva em R$ 325 milhões, queda de 48,4% no trimestre e revertendo saldo negativo de R$ 96 milhões no segundo trimestre de 2023.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) foram de R$ 7,290 bilhões, redução de 6,7% em relação ao trimestre anterior e de 29,3% em 12 meses. O resultado líquido do trimestre é resultado de despesas de R$ 8,465 bilhões mais um ganho de R$ 1,473 bilhão com recuperação de créditos que haviam sido baixados como prejuízo. Há também um ganho de R$ 301 milhões com redução ao valor recuperável de ativos financeiros e uma despesa de R$ 599 milhões com descontos concedidos.
“A PDD ampliada sobre operações de crédito ampliado apresentou redução de 0,3 pp no trimestre e 1,6 pp no ano, refletindo a melhor qualidade das novas safras nas operações massificadas (PF e PJ) e as melhorias implementadas na jornada de concessão e recuperação de crédito, o que gerou maior eficiência na cobrança resultando em maiores receitas de recuperação de crédito”.
O rácio de cobertura aumentou para 170%, contra 164% no primeiro trimestre e também 164% no segundo trimestre do ano anterior.
A receita de serviços e tarifas bancárias do Bradesco atingiu R$ 9,317 bilhões, com crescimento de 5,1% no trimestre e de 6,4% em 12 meses. O resultado de seguros foi de R$ 4,644 bilhões, aumento de 16,2% e queda de 4,1%. As despesas gerais totalizaram R$ 14,446 bilhões, aumento de 8,3% no trimestre e de 10,6% em 12 meses.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 10,8% no segundo trimestre, ante 10,2% no primeiro trimestre e 10,9% no segundo trimestre de 2023. O índice de Basileia foi de 15,2%, de 15,4% e 15,5%, no mesma base de comparação.
O Bradesco encerrou o segundo trimestre de 2024 com inadimplência de 4,3% na carteira de crédito, ante 5% em março e 5,9% em junho do ano anterior.
A taxa de inadimplência de pessoas físicas era de 5,2% ao final de junho, ante 5,5% em março e 6,7% ao final do segundo trimestre de 2023. No caso das grandes empresas, o indicador era de 0,2% no final de junho. final de junho, de 1,5% e 1,9%, na mesma base de comparação. Nas micro, pequenas e médias empresas foi de 5,4%, 6,4% e 7,0%.
Segundo o banco, houve melhora no indicador acima de 90 dias pelo quarto trimestre consecutivo, “impulsionada pela redução em todos os segmentos refletindo a qualidade das novas safras, que tendem a apresentar menor atraso”.
A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) foi de 3,7% em junho, 4,1% em março e 4,4% em junho de 2023. No caso das grandes empresas, o indicador era de 0,2% ao final de junho, 0,4% e 1,3% , na mesma base de comparação. Nas micro, pequenas e médias empresas foi de 3,7%, 4,4% e 4,9%.
O recorde de inadimplência (formação de NPL) foi de R$ 8,760 bilhões no segundo trimestre. A relação entre a formação de NPL e a carteira de crédito atingiu 1,3%, ante 1,4% no primeiro trimestre e 1,8% no segundo trimestre de 2023.
O Bradesco informou ainda que sua carteira renegociada correspondia a R$ 37,9 bilhões em junho, com queda de 2,3% no trimestre e de 0,3% em 12 meses.
O Bradesco encerrou junho com R$ 912,092 bilhões em sua carteira de crédito ampliada. O saldo aumentou 2,5% ao longo do segundo trimestre e cresceu 5% em um ano.
A carteira segundo critérios do Banco Central (BC) – ou seja, sem considerar avais e garantias; títulos e valores mobiliários; e outros – atingiu R$ 658,082 bilhões, aumento de 3,4% no trimestre e de 5,0% em 12 meses.
A carteira pessoa física cresceu 2,5% no trimestre e avançou 5,7% em 12 meses, para R$ 381,775 bilhões. O segmento foi impulsionado pelas linhas de financiamento imobiliário, que subiram 4% no trimestre, e pelo crédito pessoal, que subiu 3,5%.
A carteira empresarial ficou em R$ 530,317 bilhões, apresentando aumento de 2,5% em relação a março e aumento de 4,5% em 12 meses, com destaque para capital de giro e financiamento ao comércio exterior.
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