Bolsas da Ásia fecham em queda pressionadas por setores de tecnologia e energia | Investimento no Exterior

No Japão, o índice Nikkei caiu 1,1%, para 36.657,09, com a queda das ações de tecnologia dos EUA. A Advantest caiu 2,9%, a Fuji Soft caiu 2,1% e a Toyota Motor perdeu 2,2% em meio à valorização do iene, que está sendo negociado em seu nível mais alto em um mês, a 143,489 ienes por dólar (por volta das 6h30).

O consultor do Banco do Japão (BoJ), Hajime Takata, disse ontem que o banco central deveria aumentar as taxas de juros para ajustar o grau de acomodação monetária. Com base nos comentários de Takata, o banco fará diversos aumentos nas taxas de juros assim que os mercados se acalmarem, na opinião do economista Yasuke Matsuo, da Mizuho Securities. Para Matsuo, seria difícil para o BoJ agir em Setembro ou Outubro porque precisa de mais tempo para analisar as condições de mercado.

Para os economistas da Capital Economics, o BoJ deverá fazer o seu aumento final da taxa de juros em outubro. “A economia está a ajustar-se e a inflação subjacente parece estar a equilibrar-se em torno da meta de inflação de 2%”, afirmaram numa nota. Com a inflação mais moderada, os economistas esperam que a próxima negociação salarial resulte em aumentos menores, o que tornaria difícil para o BoJ aumentar as taxas de juro em 2025.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,2% para 2.575,50, pressionado pela queda das ações das empresas de fabricação naval, construção e automóveis. Os investidores tiveram um dia cauteloso antes da divulgação dos dados do mercado de trabalho do ADP hoje e dos dados da folha de pagamento dos EUA para agosto, que serão divulgados amanhã. A GS Engineering & Construction caiu 4,6%, a HD Korea Shipbuilding caiu 4,4% e a Hyundai Motor perdeu 1,5%.

O índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,1% para 17.444,30 pontos, realçado pelas perdas no setor energético, num contexto de preocupações com a procura. A PetroChina caiu 2,9% e a Sinopec caiu 6,1%. Os investidores ficarão agora de olho na folha de pagamento dos EUA amanhã e nos dados da inflação chinesa que serão divulgados no início da próxima semana.

Na China continental, o Índice Composto de Xangai subiu 0,1% para 2.788,31 pontos, apoiado pelas ações do setor imobiliário e de seguros. Segundo o Citi, o setor imobiliário deverá entrar num período de recuperação sustentada, tendo em conta as potenciais políticas de alívio a implementar no segundo semestre. A Poly Developments subiu 1,2% e a China Vanke avançou 2%. O seguro de vida da China subiu 0,95%. No setor energético, a PetroChina caiu 1,45% e a Cnooc perdeu 0,6%.

Na Índia, por volta das 06h45, o índice Sensex caía 0,26%, para 82.139,89, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do Índice de Gerentes de Compras ISM dos EUA, cuja queda no setor de serviços poderia dar mais pistas sobre a desaceleração da economia americana.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor