É oficial. Julho foi o melhor mês para a bolsa em 2024, superando os ganhos de fevereiro e junho. A temporada de bom humor começou nas duas primeiras semanas, quando Ibovespa alcançou 11 altas consecutivas, repetindo feito que não era visto há mais de dois anos. Contudo, a onda de ganhos foi por vezes ameaçada por ruído fiscal, queda dos preços das commodities e indicadores económicos desfavoráveis, levando o índice a perder o nível de 129 mil pontos alcançado.
- Nesta última sessão, o Ibovespa subiu 1,20%, aos 127.652 pontos. O resultado elevou os ganhos acumulados em julho para 3,02%. No ano, o índice caiu 4,87%;
- O giro financeiro foi fraco no mês. Nesta quarta-feira, porém, o volume negociado no Ibovespa foi de R$ 17,6 bilhões ante a média diária e de R$ 16,6 bilhões registrados nos últimos 12 meses;
Na verdade, não é tão difícil ser o melhor do ano quando você está positivo há apenas três meses. O avanço é tímido se comparado à euforia de novembro e dezembro do ano passado, quando vimos altas mensais de 11% e 5%, respectivamente.
Mas julho teve outro marco especial: foi o primeiro mês com saldo positivo para investimentos estrangeiros na bolsa, com aporte total de R$ 3,62 bilhões até o dia 29. Sim, eles voltaram depois de colocar o Brasil na geladeira por seis longos meses.
A entrada de R$ 45 bilhões de capital estrangeiro foi o que impulsionou o Ibovespa nos últimos meses de 2023. Mas desde janeiro o sinal se inverteu e os saques chegaram a R$ 42,5 bilhões. Agora o déficit anual caiu para “apenas” R$ 36 bilhões.
As idas e vindas de estrangeiros estão ligadas principalmente às taxas de juros dos Estados Unidos e ao nível de confiança na política fiscal brasileira. Caso o corte dos juros americanos se confirme em setembro, a expectativa é que novos aportes sejam feitos por aqui.
Na tarde desta Super Quarta, como é chamada a quarta-feira em que coincidem as decisões dos bancos centrais dos EUA e do Brasil, o Federal Reserve (BC americano) não surpreendeu e manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. A melhor parte foi a entrevista com o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, que disse, com todas as palavras, que o corte nas taxas de juros estava próximo.
Daqui a pouco será a vez do BC brasileiro mandar seu recado ao mercado. É claro que os juros serão mantidos em 10,50% ao ano, só falta saber o que vem depois disso.
Falando em taxas de juros, os retornos dos títulos do governo dos EUA caíram na crença de que uma redução ocorrerá em breve. O movimento favoreceu ativos de risco, como as bolsas de valores, e influenciou a curva de juros brasileira. A exceção foi o contrato futuro mais curto, que registou um ligeiro aumento no prémio de risco.
- As taxas de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passaram de 10,70% para 10,72%. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
- Para janeiro de 2034, passaram de 12,09% para 11,97%. Estas taxas mais longas geralmente medem o “risco fiscal”, que é a capacidade do governo de manter as contas públicas atualizadas.
- O dólar subiu 0,66%, sendo negociado a R$ 5,64, acumulando alta de 1,18% no mês e de 16,5% no ano.
Nos últimos dias, o dólar tem sido um capítulo à parte. O desmantelamento das operações de “carry-trade” acelerou a desvalorização do real frente ao dólar. Esse tipo de estratégia utiliza taxas de juros e câmbio de um país para outro para obter ganhos.
Como o Japão passou anos com taxas de juro negativas, muitos investidores pediram dinheiro emprestado em ienes, pagando taxas baixas, e investiram-no em países com taxas de juro elevadas, como o Brasil. A ideia é ganhar com a diferença entre taxas e moedas.
À medida que o iene se valorizava e o banco central japonês aumentava as taxas de juro, estes carry-trades deixaram de fazer sentido e as operações foram desfeitas antes mesmo do anúncio oficial da autoridade monetária, divulgado esta manhã.
À medida que as taxas de juros diminuíam entre os dois países e o real perdia valor com a valorização do iene, os investidores correram para evitar perdas no cenário que estivesse em linha com o que esperavam encontrar. Com a saída desses investimentos, a moeda brasileira perdeu ainda mais valor frente ao dólar.
Neste pregão, os títulos vinculados a commodities finalmente reagiram positivamente. Tanto o minério de ferro quanto o petróleo tiveram sessões de alta, levando a avanços no OK, Petrobrás e outras empresas em seus respectivos setores.
Entre as ações que mais subiram no dia, Weg se destaca. O resultado e os lucros generosos do segundo trimestre foram bem recebidos pelo mercado.
As ações da Tim também colheram os benefícios de um saldo positivo no trimestre, subindo mais de 3% só hoje.
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