O Ibovespa atingiu nova máxima histórica nesta quinta-feira (15). Durante a negociação, na chamada cotação intradiária, o índice atingiu 134.574 pontos. Ao final do pregão, após o arrefecimento da alta, fechou no maior nível do ano. Mal bateu o recorde de fechamento, que ainda permanece em 27 de dezembro de 2023, quando atingiu 134.193 no final do pregão.
De qualquer forma, o índice zerou as perdas acumuladas em 2024, que chegaram a ultrapassar os 11%, no pior momento do ano, em junho. Lá, o Ibovespa atingiu 119 mil pontos.
- O Ibovespa marcou 134.153 pontos, após subir 0,63% hoje, em sua oitava alta consecutiva. No mês, o aumento é de 5,09%. No ano, é de zero a zero, com sinal negativo de 0,02%.
E por que não atingiu o recorde? “Com o índice atingindo o patamar relevante de 134 mil pontos, muitos investidores optaram por vender parte de suas posições para garantir os ganhos acumulados, o que gerou uma leve pressão vendedora e contribuiu para a perda de dinamismo do mercado”, responde. Gabriel Carris, analista da Aware Investimentos.
O especialista destaca que a recuperação foi impulsionada por uma temporada de lucros com bons resultados empresariais, o que serviu para manter a confiança dos investidores. “Além disso, o bom desempenho dos contratos futuros de petróleo impulsionou as ações da empresa Petrobrás. Este conjunto de fatores foi decisivo para a consecutiva alta do mercado brasileiro.
O mercado de ações brasileiro ficou muito atrás de seus pares no primeiro trimestre, sendo considerado bastante barato pelos especialistas. O mercado acionário sofreu com o ruído fiscal além dos efeitos das altas taxas de juros nos países desenvolvidos, que pressionaram as nossas taxas e prejudicaram a atratividade dos ativos locais, considerados de alto risco.
Mas a direção mudou após fortes sinais de que um corte nas taxas ocorrerá no próximo mês, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ocorrer. Os indicadores económicos americanos também impulsionaram o apetite pelo risco, aqui e no estrangeiro. Com pedidos de seguro-desemprego inferiores ao esperado, o risco de uma recessão foi ainda mais eliminado. Os dados de inflação ao consumidor também vieram em linha com o que era necessário para manter o plano de voo com redução de tarifas em setembro.
“Agora o mercado está mais confiante no corte dos juros nos EUA. Esse ambiente de queda dos juros no exterior é um ambiente favorável para ativos de risco, como o mercado acionário brasileiro. ficou muito atrás no primeiro semestre. Está descontado historicamente e na comparação com mercados emergentes”, avalia. Bruna Sene, analista da Rico.
Alexandre Espírito Santo, economista da Way Investimentos e chefe de Economia e Finanças da ESPMtem projeção de final de ano de 140 mil pontos para o Ibovespa. “Mas acho que ainda tem muita coisa para ser resolvida, não é yay yay. Então o investidor tem que agir com moderação. Acho que teve espaço, o mercado estava muito descontado, e agora está substituindo o excessivo desconto que teve. Mas não é festa”, diz.
O ano começou com um forte entusiasmo por parte do mercado, que viu as taxas de juro serem reduzidas em Março nos EUA. Mas não foi exatamente assim que aconteceu. Como os indicadores mostravam que a economia continuava forte, o Banco Central Americano (Federal Reserve ou Fed) adiou a flexibilização da política monetária. Nesse contexto, os recursos concentraram-se em renda fixa americana e em algumas ações estrangeiras, consideradas muito mais seguras que o mercado brasileiro.
Gringos voltam a mostrar a cara
Esta preferência por obrigações americanas que ofereciam retornos historicamente elevados ajuda a explicar a fuga de dólares da nossa bolsa, que chegou a R$ 42,5 bilhões, quase zerando o saldo positivo de 2023, de cerca de R$ 45 bilhões. O volume diário de negociações da bolsa caiu, afetando a liquidez dos títulos locais.
Mas neste mês de agosto esse público já investiu R$ 3,22 bilhões na bolsa local, reduzindo o déficit anual para R$ 33,34 bilhõessegundo informações de B3 em 13 de agosto. Os investimentos vão tão bem que estão perto de superar os R$ 3,5 bilhões investidos em julho, considerado o melhor mês da bolsa neste ano.
- Nesta quinta, o volume negociado foi de 19,5 bilhões, bem acima da média diária de R$ 16,5 bilhões dos últimos 12 meses.
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A saída de dólares, alimentada ainda mais pelo risco fiscal, fez com que a moeda americana se valorizasse 18% em relação ao real. Em agosto o aumento perdeu força, após mais um tropeço envolvendo operações de carry-trade. (Entenda o que são e como afetam a taxa de câmbio).
- Agora, o dólar comercial está “apenas” 13% mais caro que no início do ano. A moeda registrou alta de 0,27% frente ao real, fechando o dia negociado a R$ 5,48. No mês, a moeda desvaloriza 3% frente ao real.
As taxas de juros no Brasil também foram elevadas pelas taxas americanas. O risco fiscal e as expectativas de inflação pouco ancoradas acrescentaram algum prémio à curva. Apesar da queda nos últimos dias, as taxas de juro registaram um segundo dia de subida:
- As taxas de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passaram de 10,75% para 10,78%. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
- Para janeiro de 2034, passaram de 11,37% para 11,44%. Estas taxas mais longas geralmente medem o “risco fiscal”, que é a capacidade do governo de manter as contas públicas atualizadas.
- Confira a movimentação das taxas do Tesouro Direto.
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