- Está no Brasil? Aqui, a bolsa conseguiu encerrar este dia de pânico global com queda de 0,46%, aos 125.270 pontos. Poucas vezes isso foi visto com tanta intensidade, aqui caindo menos que no exterior, onde há menos volatilidade, mais diversificação e volume de investimentos.
- O giro financeiro foi de R$ 18 bilhões, ante média diária de R$ 16,6 bilhões nos últimos 12 meses.
O índice brasileiro já estava bastante ‘descontado’, que é quando os preços das ações ficam abaixo do que deveriam estar. No mês, acumula perdas de 1,87% no mês e de 6,64% no ano. Isto é o oposto do que acontece noutros mercados, onde o ano registou uma enorme valorização acumulada, e isto poderá ser uma explicação para a atitude mais blasé do nosso mercado bolsista.
Ou seja: para quem já está mais perto do fundo do poço, a queda é menor.
“Se pensarmos apenas nos EUA, vimos há muito tempo as bolsas subindo, principalmente a Nasdaq, com empresas de tecnologia e Inteligência Artificial. vai? O crescimento abaixo do esperado no aumento do nível de emprego nos dados de julho nos EUA acendeu as luzes e detonou esse processo”, avalia Luiz Rogé, economista, gestor de investimentos e sócio da Matriz Capital Asset.
O início deste desespero coincidiu com a divulgação do relatório de emprego de Julho nos EUA, que mostrou uma criação de emprego muito abaixo das expectativas. Os dados somaram-se a outros que já haviam feito muita gente pisar no freio. Uma recessão ocorre quando uma economia se contrai. É um cenário em que há pouco emprego, pouco consumo, portanto, é preocupante do ponto de vista das empresas e dos investidores.
Esta segunda-feira, as bolsas asiáticas sofreram um golpe maior que as outras porque já estavam fechadas na sexta-feira, quando o caos começou de vez. O Kospi Indica do Japão, que vinha acumulando uma série de recordes, caiu 12%. Na Europa, o índice pan-europeu caiu 2,17%.
As ações dos gigantes da tecnologia afundaram. O destaque especial ficou com a Nvidia, que acumulou alta de 170% no ano, mas hoje registrou perdas acima de 5%. Além dos temores de uma recessão, o atraso nas entregas de chips também prejudicou as ações.
Os investidores realizaram um movimento chamado rotação de carteira, que é quando redistribuem seus recursos concentrados em determinada ação ou setor para diferentes. No caso das empresas tecnológicas, que registaram um crescimento recente, muitas aproveitaram os lucros e redirecionaram recursos para empresas mais resilientes à recessão.
A antecipação é um recurso que pode evitar muitas perdas e também gerar muitos ganhos no mercado financeiro. Nesta vontade de progredir, reduzir perdas e adoptar uma posição defensiva, a histeria tomou conta dos mercados a nível global. Os mercados de ações caem, o dólar sobe e o medo de que uma recessão esteja próxima. O problema é que nem sempre o pessimismo se concretiza e muita gente pode perder dinheiro em meio ao exagero que leva ao efeito manada.
“O mercado sempre exagera para cima ou para baixo. Não vejo a possibilidade de recessão como certa. O mercado de trabalho e a economia como um todo vão muito bem. O que estamos vendo é o ponto de inflexão do crescimento, ou seja, está crescendo menos. O mercado de trabalho absorveu empregados apenas numa proporção menor do que estava absorvendo. Mas ainda está crescendo. Portanto considero uma reação exagerada devido a uma tentativa de correção nos mercados”, acrescenta Rogé.
O especialista destaca ainda que a bolsa brasileira se beneficiou do efeito Bradesco. As ações do banco subiram acentuadamente após o balanço, finalmente agradando os investidores. Desde a queda da Americanas, a ação vinha sendo fortemente penalizada, por ser um dos maiores credores da varejista.
Ele explica que apenas as duas classes de ações do Bradesco contabilizam uma melhora de cerca de 0,30% no índice. O resultado também serviu para aliviar as quedas no setor financeiro como um todo.
Segundo o estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, toda essa aversão ao risco pode ter um efeito positivo para o Brasil. É precisamente a estagnação económica que deverá levar a cortes nas taxas de juro nos Estados Unidos. Para ele, a partir de agora os juros deverão cair aqui e ali, por consequência.
A elevação das taxas americanas tem sido o principal fator de desvalorização do mercado acionário brasileiro e da fuga de capitais estrangeiros do país. Miranda destaca que este pode ser um momento de oportunidade para quem quer investir na bolsa. “Estamos tendo uma boa temporada de lucros”, acrescenta ela.
Em tempos de estresse, a expectativa é que o dólar suba, já que a moeda americana é uma reserva de mercado, um ativo de proteção de carteira.
- O dólar comercial subiu 0,56%, sendo negociado a R$ 5,74%. A moeda acumula alta de 1,54% no mês e de 18% no ano.
“Se os juros estão altos e a economia americana está forte, o dólar sobe. Mas se há risco de recessão, o dólar também sobe, porque é um ativo de proteção. terreno, um momento favorável para os mercados emergentes”, explica Miranda.
Os contratos de juros futuros apresentaram sinais mistos ao longo da curva, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Diante de um Boletim Focus prevendo uma inflação ainda mais alta e um dólar mais caro, o segmento curto subiu. Entre os títulos americanos, que têm sido referência para os brasileiros, os vendidos subiram e os longos caíram, considerando um cenário de recessão.
- As taxas de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passaram de 10,55% para 10,58%. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
- Para janeiro de 2034, passaram de 11,78% para 11,83%. Estas taxas mais longas geralmente medem o “risco fiscal”, que é a capacidade do governo de manter as contas públicas atualizadas.
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