A Carrot.eco, startup suíça fundada por dois brasileiros, desenvolveu um blockchain com o objetivo de viabilizar o processo de compostagem e reduzir o envio de resíduos orgânicos para aterros sanitários. A proposta é “tokenizar” toda a cadeia de compostos orgânicos e resíduosdesde a geração em restaurantes e na indústria alimentícia até o transporte e a compostagem.
Uma vez “reproduzidos” digitalmente na blockchain, os compostos orgânicos passam a corresponder à informação e podem assim ser rastreado, certificado e até negociado de forma segregada _como objetivo de mitigação de emissões e tratamento de resíduos sólidos_, gerando renda para participantes do processo.
Utilizando “contratos inteligentes”, os chamados contratos inteligentes, as massas de resíduos são transformadas em dados, que, liberados no blockchain, permitem saber quanto de resíduo orgânico de um gerador deixou de ir para aterros, quanto foi transformado em fertilizantes e o volume de gases de efeito estufa que não são mais emitidos.
Todo metano e dióxido de carbono que deixam de ser liberados dos aterros sanitários para a atmosfera, por exemplo, tornam-se créditos de carbono e são transformados em tokens. O dinheiro da venda dos créditos de carbono é dividido entre os participantes da cadeia e incentiva mais agentes do segmento a se interessarem em ingressar na rede.
O foco da Carrot está inicialmente em grandes geradores de resíduos orgânicos, como restaurantes, redes de supermercados, indústrias alimentícias, além de serviços de poda de árvoresentre outros em grande escala.
Segundo Ian McKee, CEO da empresa, não só no Brasil, mas em vários países, grandes geradores de resíduos como restaurantes e redes de supermercados são obrigados a contratar empresas para descartar a grande quantidade de resíduos que produzem. “Como não há obrigatoriedade de comprovação da reciclagem, grande parte dos resíduos vai para aterros ou lixões”, afirmou.
O CEO da empresa explica que o sistema é criptografado, mas aberto à consulta e auditável, permitindo que os financiadores de crédito saibam quanto do seu investimento foi direcionado a cada participante.
“O crédito tokenizado distribui valor diretamente aos participantes da cadeia que ajudaram a separar e desviar os resíduos, de forma transparente e rastreável para trazer confiança ao comprador do crédito”, afirma McKee.
A empresa trabalha para vender os primeiros créditos de carbono que serão negociados por meio de tokens na forma de NFTs, podendo ser adquiridos em marketplaces. A Carrot negocia com “big techs” americanas e municípios da Califórnia, que estão interessados no sistema. O pagamento varia de 1% a 20%, dependendo do papel desempenhado por cada membro da cadeia.
McKee afirma que o potencial deste mercado é US$ 500 bilhões a US$ 1 trilhão dentro de 10 a 15 anos.
No momento, oito pátios de compostagem trabalham com a Carrot.eco. Somando os clientes das empresas de compostagem, eles são 1.880 empresas participantes do acordo, incluindo hotéis, bares, restaurantes, shoppings e indústrias. Todos receberão da venda futura de créditos.
Segundo relatório do Banco Mundial, se a situação seguir o cenário atual, os aterros serão responsáveis por 10% das emissões de gases de efeito estufa até 2025. O estudo mostra que o Brasil é um dos piores gestores de resíduos do mundo, ocupando o 114º lugar. dos 124 países que oferecem dados e representa cerca de 40% do que é jogado fora na América Latina.
Além dos resíduos orgânicos, o blockchain da Carrot.eco também visa integrar outros tipos de resíduos. A ideia da empresa é ser uma solução de rastreamento de resíduos como um todo.
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