O produção de biometano através resíduos de aterro deverá representar cerca de 25% do faturamento da empresa Arizona Valorização de resíduos em três anos, segundo previsão do diretor-presidente, Milton Pilão. Desde 2016, a empresa utiliza biogás para gerar energia e tem como alvo o biometano para aumentar a receita de aterros com a implantação de novas usinas.
O executivo espera que a produção de biometano cresça mais de 300 mil metros cúbicos por dia a cada ano, num período de até três anos. “Nossa expectativa é produzir cerca de 1 milhão de metros cúbicos de biometano por dia e dobrar a oferta de biometano no curto prazo”, disse Pilão, durante a 25ª Conferência Anual do Santander.
“Hoje a produção ainda é pequena. Nossa planta de primeira escala entra em operação em janeiro de 2025 e produzirá 110 mil metros cúbicos de biometano por dia. A segunda entra em operação no segundo semestre de 2025 e produzirá 180 mil metros cúbicos de biometano por dia”, acrescenta.
O biometano, ou gás natural renovável, é obtido a partir da purificação do biogás, mistura de gases que se origina do processo de decomposição de resíduos orgânicos em ambientes onde não há troca de ar — a digestão anaeróbia.
Pilão avalia que o Brasil ainda está atrasado no aproveitamento de resíduos para geração de energia, em comparação com mercados mais modernos, como EUA e Europa, e que, nesses mercados, os incentivos à produção de energia são mais robustos.
Hoje, a Orizon administra 40 milhões de brasileiros e os ecoparques poderão produzir uma série de produtos sustentáveis, como fertilizantes, biometano, reciclagem, entre outros, próximos aos centros geradores de resíduos.
“A receita da Orizon não se limita apenas ao destino [de resíduos] e biometano. Temos a parte reciclada, que terá uma forte contribuição, tem a parte dos fertilizantes verdes e dos combustíveis e derivados. São várias frentes e teremos uma divisão muito igualitária na receita da empresa. 1/4 [25%] deve vir do biometano”, diz Pilão.
O mercado consome entre 80 milhões e 100 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, mas a produção de biometano não ultrapassa 2 milhões de metros cúbicos por dia. O executivo vê no Projeto de Lei 528/2020, conhecido como “Combustível do Futuro”, que estabelece quadro jurídico para o sector dos biocombustíveis, um meio de impulsionar o biometano no curto prazo, já que o PL prevê a criação de um mandato de descarbonização com adição de biometano ao gás natural comercializado, previsto para começar em 1% em 2026.
Os principais índices para composição do custo da molécula de gás natural são o Brent, a cotação do dólar e o IGP-M. No caso do biometano, os dois principais índices são o custo de produção e purificação da molécula de biometano e a aplicação da inflação determinada pelo IPCA. Nessa comparação, o biometano ainda tem um custo um pouco maior em relação ao gás natural.
O executivo não vê que a obrigatoriedade do uso do biometano seja reserva de mercado para o setor e o impacto deva ser residual para os consumidores, com a vantagem do apelo ambiental e menor volatilidade.
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