O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) oferecerá R$ 1,4 bilhão em recursos para financiar a safra 2024/25 em Minas Gerais. O volume é 15% superior aos R$ 1,23 bilhão ofertados na safra passada. Os recursos serão destinados a cooperativas, produtores rurais e empresas do agronegócio.
“Cada crédito se converte em mais desenvolvimento regional, emprego e renda no final, o que repercute em todas as regiões do Estado”, afirmou o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto. Ele acrescentou que, nos últimos 12 meses, 40% de todos os financiamentos realizados pelo banco foram para o agronegócio. Em Minas Gerais, o agronegócio responde por 22% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP).
As linhas de crédito para colheita e custos de investimento são provenientes do Plano Safra 2024/25, Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Agro Repasse, BNDES e recursos próprios.
O BDMG terá R$ 230 milhões disponíveis por meio do Plano Safra em nove linhas de crédito para empresas e cooperativas. Na última safra, 20% dos financiamentos contratados no banco no âmbito do Plano Safra foram para construção de armazéns. Uma das contratadas foi a Cooperativa dos Produtores Rurais de Prata (Cooprata), do Triângulo Mineiro, que buscou financiamento para construir quatro silos. A cooperativa reúne 1.850 associados que produzem laticínios, ração animal e sal mineralizado. A expectativa da cooperativa é aumentar o faturamento em 20% no primeiro ano de operação.
“Os silos baratearão o transporte para os produtores, que pagarão menos frete para escoar sua produção, além de reduzir o custo dos produtores que precisavam se deslocar até cidades vizinhas para estocar milho, soja e sorgo”, diz o administrador financeiro da Cooprata , ValdenirMoura.
O banco informou ainda que terá R$ 231,7 milhões disponíveis para apoiar a produção de café em Minas Gerais, por meio de linhas de comercialização, capital de giro e financiamento para aquisição de café (FAC), para compra diretamente dos produtores rurais. Desde a safra 2018/2019, o BDMG desembolsou 100% dos recursos que recebe do Funcafé. Nos últimos dez anos, o banco liberou R$ 2,2 bilhões em créditos nessa linha.
A MinaSul, segunda maior cooperativa exportadora de café do país, com sede em Varginha (MG), mantém parceria com o BDMG para oferecer linhas de crédito aos seus dez mil cooperados, a maioria deles de pequeno e médio porte.
“O produtor depende muito do crédito para subsidiar sua produção, ele precisa de recursos para se financiar quando não quer vender o produto na hora porque espera uma reação dos preços. Nosso principal desafio é trazer recursos que possam apoiar o cooperado. O Funcafé nos permite comprar o produto do produtor e assim dar liquidez quando ele quiser vender o produto. A linha de armazenamento garante que o produtor possa armazenar o café para vender posteriormente. O crédito que obtemos no BDMG tem taxas menores em relação ao mercado e prazos adequados”, afirma Ramos.
“O apoio da MinaSul vai muito além de receber o café beneficiado e distribuí-lo ao mundo. Ela o apoia desde o portão até o interior. E a linha de crédito do Funcafé tem impacto direto no alcance de melhor custo-benefício e mais competitividade”, afirma Jan Luitje, associado do MinaSul em Santana da Vargem (MG).
Agricultura sustentável e regenerativa
O banco também oferece crédito para incentivar projetos de sustentabilidade e agricultura regenerativa, com linhas de financiamento para implantação de biofábricas, sistemas biodigestores, sistemas de compostagem e estrutura de fertilidade do solo.
Um dos beneficiários é o produtor José Gouveia Franco Neto, da Fazenda São Vicente, em Ituiutaba (MG). Na propriedade de 513 hectares, ele cria gado leiteiro, suínos e mantém uma lavoura. O produtor utiliza recursos do BDMG para instalar um biodigestor na fazenda para tratar 350 mil litros de resíduos por dia.
“O biodigestor capta o metano produzido pelas bactérias na degradação dos resíduos e esse metano vai diretamente para a produção de energia. A parte sólida vai para a compostagem e fazemos biofertilizante sólido, que substitui o adubo químico. É um caminho sem volta para todos os produtores rurais, demonstrando preocupação com o meio ambiente”, afirmou o pecuarista.
Como parte dos esforços na área de agricultura regenerativa, o BDMG oferecerá, no dia 17 de setembro, um curso online gratuito de capacitação sobre agricultura regenerativa para a cafeicultura.
taxa de juros para empréstimo
o que cai na prova da pmmg
como fazer empréstimo no bradesco
bpc loas pode fazer empréstimo
sac banco bmg
bradesco empréstimo consignado
saturação idoso tabela