O Banco Central e o Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aberto à participação social, por meio de edital conjunto, bolsa que busca melhorar as possibilidades de investimento de pessoas físicas e jurídicas não residentes no mercado financeiro e no mercado de capitais.
As propostas ampliam a possibilidade de investimentos e dispensam exigências que não são mais necessárias. Segundo as autoridades, com isso, melhorarão o ambiente de negócios e contribuirão para uma maior atração de capital estrangeiro, ampliando a capacidade de desenvolvimento e a eficiência da economia.
Entre as principais mudanças está a ampliação da possibilidade de investimentos estrangeiros de forma mais simplificada em ativos financeiros de contas de não residentes mantidas no país em reais. Inclui também o fim do Registro Declaratório Eletrônico, Módulo Carteira (RDE-Carteira); fim da necessidade de obrigatoriedade de operações simultâneas de câmbio e transferências internacionais em reais; e um regime simplificado para investimentos de pessoas físicas não residentes, incluindo integração com investimentos no Tesouro Direto.
Existe também uma proposta para alinhar disposições específicas para o investimento de não residentes em derivados agrícolas; ampliação dos ativos colaterais sujeitos à emissão de Depositary Receipts; ampliação do prazo de manutenção de informações e documentos comprobatórios de cinco para dez anos; e simplificação na redação dos dispositivos e atualização da terminologia.
O BC diz que a modernização, revisão e aprimoramento mais amplo das regras para investimentos estrangeiros tornaram-se possíveis após a edição da Lei nº 14.286, de 29 de dezembro de 2021, que dispõe sobre o mercado de câmbio brasileiro, capital brasileiro no exterior, capital estrangeiro no país e o fornecimento de informações. “O sólido desenvolvimento da regulação prudencial e a modernização da regulação cambial e do mercado internacional de capitais, em alinhamento com as melhores práticas internacionais, reforçam a consistência e a oportunidade da iniciativa”, afirma em nota.
A autoridade reforça ainda que as mudanças convergem com as prioridades escolhidas pela presidência brasileira para o desenvolvimento no Grupo de Trabalho de Arquitetura Financeira Internacional do G20, especialmente no que diz respeito à atração e manutenção de fluxos de investimentos de carteira em mercados emergentes. “Por último, as alterações propostas têm também o potencial de reforçar a segurança jurídica destes investimentos, visando manter o alinhamento com as necessidades estatísticas e de supervisão.”
A captação de subsídios permanecerá aberta até 30 de setembro.
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