O novo cenário de investimentos offshore foi o tema central do primeiro dia do Avenue Connection. Realizado na última quarta-feira (24), em São Paulo (SP), o programa de inauguração teve como ponto de partida o lançamento do novo posicionamento da marca Avenue, que agora tem como foco consolidar a liderança e expandir o segmento internacional entre os investidores brasileiros. “O projeto reflete a nossa transição de empresa pioneira para protagonista na transformação do setor de investimentos. Queremos potencializar oportunidades e posicionar o país no centro do mercado financeiro global”, afirma Roberto Lee, CEO da Avenue.
A proposta de rebranding faz parte de uma estratégia que visa liderar um setor que, nas projeções da corretora, poderá gerar R$ 1 trilhão até 2030. Entre os principais vetores de crescimento, Lee destaca a entrada de novas gerações e perfis de investidores no ecossistema financeiro nacional . “Estamos falando da maior oportunidade para gestores e clientes nos próximos anos. O Brasil ainda está atrasado nessa agenda, mas acredito que estamos próximos de uma transformação sem precedentes”, afirma. “Todos os serviços de investimento do país terão componente offshore nativo até 2030”, afirma o executivo.
Para Marina Valentini, VP Global Market Strategist da JP Morgan Asset Management, a convergência entre os investimentos no exterior e a valorização dos ativos de renda fixa é um movimento que deve ser acompanhado de perto nos próximos meses. “Apesar dos cortes previstos, as taxas de juro americanas permanecerão elevadas. Ainda há preocupação com a capacidade dos Estados Unidos de completar o pouso suave, mas a tendência é que a economia do país continue a mostrar resiliência”, afirma. Em talk show moderado por Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, o executivo também destacou a nova dinâmica do mercado de renda variável, que deve continuar pautado pela relação entre rentabilidade e capacidade de inovação das empresas.
O potencial da renda fixa no exterior foi reforçado por Daniel Popovich Bastos, Portfolio Manager da Franklin Templeton, que chamou a atenção para a necessidade de manter posições diversificadas nas estratégias internacionais. “As oportunidades no segmento são atrativas em níveis não vistos nos últimos quinze anos. Ao mesmo tempo que é preciso acompanhar essa tendência, é importante ampliar horizontes e acessar diferentes mercados e localidades”, afirma. “Essa é uma abordagem essencial tanto para impulsionar o desempenho quanto para fortalecer estratégias de preservação de ativos de longo prazo”, afirma Bastos.
Diversificação, customização e tecnologia
Para apoiar os clientes nas estratégias internacionais, os consultores e assessores de investimento devem cada vez mais guiar-se pelo equilíbrio entre as tendências globais e as realidades locais. “A diversificação continuará a ser muito importante, mas será ainda mais crucial perceber quais as oportunidades que vão ao encontro das necessidades de cada pessoa. A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a capacidade de oferecer soluções que conquistem a confiança do público”, afirma Tatiana Itikawa, superintendente de representação de mercado da Anbima.
O papel da digitalização como pilar de engajamento também foi destacado por Eliseu Tudisco, Partner da Strategy&, da PwC Network. “As pessoas estão priorizando experiências mais personalizadas e intuitivas. A tecnologia é essencial para atender essa demanda e criar iniciativas de educação financeira que facilitem a adesão de segmentos mais amplos da população”, afirma Tudisco.
Na base da nova dinâmica de relacionamento entre consultores e investidores está a capacidade de compreender as necessidades específicas dos diferentes perfis de clientes. Uma competência que, segundo David Richman, diretor da Eaton Vance Distributors, do Morgan Stanley, começa com uma curiosidade genuína sobre os desafios e expectativas de cada indivíduo — incluindo contextos sociais, comportamentais e económicos. “É preciso ter curiosidade e ter intencionalidade nas ações com outras pessoas. O objetivo de um telefonema de prospecção não deve ser tentar conseguir uma reunião, mas sim saber se a reunião em si faz sentido”, afirma.
No meio de todas estas variáveis estão as expectativas que se formam sobre o próximo ciclo económico. Referência mundial no tema, Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital, encerrou o programa Avenue Connection com uma visão pragmática do panorama do mercado internacional — e com uma mensagem sobre a importância de manter estratégias de longo prazo em tempos de incerteza. “Não vejo grandes excessos na economia nem no mercado americano, por exemplo. O que vejo são muitas pessoas preocupadas com os impactos geopolíticos nos investimentos, mas esses riscos já são conhecidos e podem ser mitigados”, afirma Marks. “O que faz a diferença é manter bons investimentos por períodos mais longos. Isso costuma trazer mais resultado do que tentar encontrar o momento ideal para entrar ou sair do mercado”, afirma o investidor.
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