Em meio a um cenário de incerteza regulatória, nem mesmo os analistas mais esperançosos poderiam prever avanços tão notáveis para o mercado global de criptografia no primeiro semestre de 2024.
Apesar do Valorização acumulada do Bitcoin de mais de 50% nos primeiros seis meses do anoa boa notícia para os investidores e para o mercado não se limita apenas ao desempenho desta opção de investimento, mas também ao avanço da classe de ativos digitais em direção à legitimidade e conquista da confiança dos investidores e do sistema financeiro global.
O primeiro grande “empurrão” aconteceu em Janeiro, com a aprovação de ETFs Bitcoin – fundos negociados em bolsa com preços à vista de criptomoedas – pela SEC, que permitiu que grandes gestores de ativos alocassem recursos de seus clientes em produtos regulamentados. Além da injeção de capital institucional no mercado, que contribui para o aumento do volume de negociações e da liquidez do Bitcoin, esse movimento também representou um endosso do órgão regulador e do mercado quanto à legitimidade dos ativos digitais como parte do sistema financeiro global .
Em maio, a SEC repetiu a dose e aprovou ETFs Ethereumuma ação que foi recebida com entusiasmo no mercado e que marca uma nova postura do órgão americano, mais aberta e amigável às criptomoedas.
Mais recentemente, a indústria criptográfica alcançou outra importante vitória no sentido da clareza regulatória e um consequente aumento da confiança do mercado com o Aprovação na Câmara dos EUA do projeto de lei FIT21, ou Lei de Inovação e Tecnologia Financeira para o Século 21. Visto como o primeiro passo para a criação de uma estrutura regulatória para criptomoedas nos EUAo projeto prevê regras claras de proteção ao consumidor, garantindo ao mesmo tempo a inovação no setor.
Vale lembrar também que no ano passado o A União Europeia aprovou seu próprio conjunto de regras para regular criptoativos, MiCA (Mercado de Criptoativos), que se tornou um dos primeiros marcos regulatórios do setor no mundo e que entrará em vigor, em parte, em 2024.
No Brasil, país posicionado entre os dez com maior adoção de criptomoedas no mundo e reconhecido como amigável aos ativos digitais, regulação setorial caminha para um resultado positivo, liderado pela postura colaborativa e pioneira do Banco Central. Marcado pela participação ativa não só das empresas, mas também de associações setoriais e da sociedade civil, o processo de definição de regras para funcionamento do mercado brasileiro de criptoativos deve terminar em 2025 e garantir segurança aos investidores, clareza jurídica às empresas, transparência aos órgãos reguladores e capacidade de inovação aos desenvolvedores.
De acordo com 5ª edição anual do e-book da Sherlock Communications sobre adoção de blockchain em 21 países da América Latina, incluindo o Brasil, 78% dos participantes disseram concordar com mais regulamentações destinadas a regular os criptoativos no país e outros 68% disseram discordar de medidas que restringiriam sua adoção.
Em linha com esta percepção, uma pesquisa realizada pela Consenso mostra que 48% dos brasileiros acreditam que o setor deveria ser regulamentado para proteger os investidores e o sistema financeiro tradicional, enquanto para 32% são necessárias normas que incentivem a participação responsável no setor da moeda digital.
Outro aspecto que revela A postura inovadora do Brasil em relação aos criptoativos é o projeto de criação da DREX, moeda digital do Banco Central. Embora seu lançamento tenha sido estendido para 2025A DREX representa um esforço pioneiro na aplicação de uma camada blockchain aos serviços financeiros tradicionais, o que poderá gerar uma série de oportunidades de disrupção e que trará benefícios para milhões de brasileiros.
Os avanços regulatórios desempenham um papel crucial na consolidação do mercado de criptomoedas, proporcionando um ambiente mais estável e seguro para os investidores. Ao estabelecer diretrizes claras e transparentes, As regulamentações não só mitigam riscos e incertezas, mas também promovem a confiança no sector, atraindo mais participantes e capital institucional.
Este quadro regulamentar robusto não só protege os interesses dos investidores, oferecendo proteção contra práticas fraudulentas e manipuladoras, mas também abre portas para a inovação contínua e sustentada no ecossistema de ativos digitais. À medida que os governos de todo o mundo continuam a desenvolver políticas que equilibram a proteção do consumidor com a promoção do crescimento económico, o futuro dos criptoativos está a fortalecer-se, delineando uma perspetiva mais promissora e estável para os investidores globais.
Por todas estas razões, o ano de 2024 está a caminho de se tornar histórico para o mercado global de criptografiaà medida que os reguladores em todo o mundo perceberam que a transformação do sistema financeiro global é um caminho sem volta e trabalharam ativamente com os participantes da indústria para definir as diretrizes fundamentais para o seu funcionamento.
Fábio Plein é diretor regional para as Américas do Base de moedas
E-mail: fabio.plein@coinbase.com
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