No espaço de pouco mais de um mês, uma série de declarações de dirigentes do Banco Central (BC) começaram a convencer os participantes do mercado da necessidade de aumentar a taxa Selic.
No dia 2 de agosto, o “Termômetro Copom” de Data valora área de Valor responsável pelo acompanhamento dos dados econômicos, indicou 70% de chance de manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano. Agora a chance de aumento de 0,25 ponto percentual é de quase 80%.
Até agora, a razão da necessidade de aumentar as taxas de juro não foi muito clara. Um aspecto que o BC tem repetidamente levantado é que as projeções de inflação para os próximos 12 meses e também para o período subsequente de mais 12 meses estão acima da meta de inflação.
O argumento é que, além da inflação passada ter influência nas projeções para a inflação futura, o aumento das taxas de juro também tem impacto nas estimativas dos analistas. Intuitivamente, a explicação é que taxas de juro mais elevadas têm um efeito recessivo sobre a actividade económica, o que inibe os aumentos de preços.
A relação efectiva entre as taxas de juro actuais e a inflação no futuro pode ser estimada através de modelos econométricos. Os macroeconomistas utilizam modelos próprios e comparam os resultados com os utilizados pelo BC.
A próxima ata do Comitê de Política Monetária (Copom) poderá trazer mais detalhes sobre como funciona exatamente a relação entre as taxas de juros do presente e a inflação no futuro.
Especificamente, que indicadores poderão mostrar que o aumento das taxas de juro acabará por dar os resultados esperados.
Popularidade das altas taxas de juros
Para usar a linguagem das sondagens eleitorais, o aumento das taxas de juro tem uma certa popularidade. Pelo menos entre os profissionais do mercado financeiro.
Logo após o BC indicar que poderia aumentar os juros, a probabilidade de aumento de 0,50 ponto percentual aumentou. No dia 9 de agosto, a chance era de 31%.
No dia 13 de agosto, o aumento mais conservador, de 0,25 ponto percentual, superou a aposta de aumento de 0,50 ponto percentual. Mas ambos ainda perderam a manutenção estimada da taxa de juros.
No dia 16 de agosto a situação era de “empate técnico”. O ajuste de 0,25 ponto percentual passou a ser o mais provável, mas ainda dentro da “margem de erro” entre as perspectivas de estabilidade ou aumento de 0,50 ponto percentual.
Foi a partir do início de setembro que se consolidou a aposta num aumento de 0,25 pontos percentuais.
Se o Copom, na reunião da próxima semana, aumentar a taxa Selic para 10,75% ao ano, poucos se surpreenderão. Contudo, é preciso ter cautela com o aumento das taxas de juros.
Da mesma forma que escolher um candidato muito popular pode ser um desastre para a administração pública, a opção de aumentar as taxas de juro sempre que existe uma ameaça de aumento de preços pode ter impactos exageradamente negativos na economia.
Além de acompanhar a decisão do Copom, será importante entender as justificativas para o esperado aumento da taxa Selic.
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